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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Retrospectiva 2015 - o que mais me marcou nas viagens que fiz no ano que passou?

Quando o ano de 2015 começou (já no meio de uma viagem, em Maceió), a única certeza que eu tinha era a de que iríamos para a Bolívia e o Peru durante o carnaval, utilizando milhas que eu tinha acumulado. Nenhuma outra viagem estava certa ou programada. Mas eis que, ainda na primeira semana de janeiro, surge uma promoção para Toronto, no Canadá, com uma parada alternativa na Cidade do México, no mês de junho. Nenhum dos dois países estava nas minhas pretensões de destinos imediatos. Mas não resisti. E não me arrependi nenhum pouco.

E como se não fosse muito já ter duas viagens internacionais programadas para o primeiro semestre do ano, um grupo querido de amigos resolve viajar para Florianópolis, cidade brasileira que eu ainda não conhecia. Mais uma vez, não resisti. E lá estava mais uma viagem programada para apenas duas semanas depois da volta do Peru.

E antes mesmo que eu pudesse embarcar para Toronto, a Alitalia, companhia aérea italiana, surge com valores imperdíveis (praticamente de graça) para a Europa. Os destinos eram variados, mas se esgotavam rapidamente a medida que outras pessoas iam comprando. Mas o voo para Viena estava lá, disponível. E mais uma vez, no ano, o destino se encarregava de escolher a próxima parada desse viciado em viagem que vos fala. Óbvio que não ficaria apenas pela Áustria. República Tcheca, Polônia e Hungria logo entraram no roteiro. E, agindo mais uma vez, o destino acabou nos levando também para Roma, numa mudança imprevista de vôos que nos deu de presente um dia inteiro na capital italiana.

E como o voo para a Europa sairia de Porto Alegre, obviamente, não perdi tempo e consegui encaixar mais um passeio pela bela Gramado, cidade na qual já havia estado 3 vezes, mas na qual não perderia a chance da passar mais um agradável dia.

E assim, meio sem planejamento prévio, comecei 2015 tendo apenas a Bolívia e o Peru em mente, mas acabei tendo o ano mais intenso no quesito viagem. Foram nove incríveis países fora do Brasil, um encontro maravilhoso com amigos queridos em Floripa e uma passagem rápida por Gramado. Foram 25 cidades, 24 vôos (um teste de fogo para quem tem medo de avião) e momentos únicos e inesquecíveis vivenciados. Adquiri mais conhecimento, compreendi novas culturas, cresci em maturidade e tornei-me mais humano. Viajando, evoluí como pessoa.

E, além de tudo, sentindo-me estimulado por tantas viagens inesperadas, mas excepcionais, decidi criar este blog, o qual tem sido uma nova e contagiante experiência, uma vez que me permite novamente viajar nas minhas recordações, através dos meus relatos.

E, portanto, resolvi, aqui, listar os 15 momentos de 2015, durante estas incríveis viagens, que marcaram o meu ano. Claramente, existiram bem mais do que 15 momentos maravilhosos. Mas aí eu precisaria listar uns 100. Portanto, escolhi os seguintes:

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Primeiro dia em Praga: Relógio Astronômico e Ponte Carlos

Primeiro dia em Praga. E confesso que minhas expectativas, depois de ter passado por Cesky Krumlov, haviam aumentado bastante. Saímos desta última às 5 horas da manhã de ônibus (super confortável por sinal; da empresa Student Agency) e chegamos à capital tcheca cerca de 3 horas depois. Seriam dois dias na cidade, mas que eu gostaria bastante que tivessem se transformado em três ou até quatro.

Nosso hotel (o Best Western Meteor Plaza) era super bem localizado, bem no centro histórico de Praga (próximo à Torre da Pólvora), o que facilitou bastante nossos deslocamentos, nos permitindo, facilmente, ir e vir a pé. Como chegamos bem cedo na cidade, teríamos um dia inteiro pela frente para curtir as suas principais atrações. Inicialmente, eu havia pensado em reservar este dia apenas para o lado do rio no qual estávamos hospedados, mas como minha ansiedade de percorrer logo os dois lados era grande, resolvi  misturar tudo nos dois dias de passeio. E como tudo é relativamente próximo, esta foi uma decisão perfeitamente executável.

Começamos passando por debaixo da Torre da Pólvora, pegando o caminho em direção à praça principal da Cidade Velha. Esta é a única das torres, das que faziam parte da antiga muralha da cidade, que ainda se encontra de pé. O seu nome atual advém da sua segunda função na cidade, após deixar de servir para a defesa e proteção da Cidade Velha: o armazenamento de pólvora. É possível subir até o alto da torre para se ter uma vista da cidade a partir da mesma. São 186 degraus, mas que não encaramos, uma vez que já subiríamos outras duas torres da cidade. 


sábado, 26 de dezembro de 2015

O que é preciso saber antes de visitar Praga?

Considerada um dos mais antigos centros urbanos da Europa, Praga passou por inúmeras mudanças ao longo do século XX: escolhida para ser a capital do recém-nascido país da Tchecoslováquia, em 1918, a cidade foi incorporada ao domínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial, tendo, no entanto, sofrido poucos danos com a guerra (conta-se que o líder nazista ordenara a preservação máxima da cidade, devido a sua beleza); apenas no final da guerra, a cidade foi atingida por um bombardeio de origem americana (dizem, os americanos, entretanto, que o ataque foi um erro e que o alvo original seria a cidade de Dresden, na Alemanha); com o início da tensão entre soviéticos e americanos, os primeiros ficaram com o domínio da cidade, estabelecendo o regime comunista, que quase fora derrubado a partir da revolta popular, em 1968, que ficou conhecida como a Primavera de Praga; mas apenas após o fim da Guerra Fria, a cidade livrou-se do domínio comunista e, em 1992, com a dissolução do país em República Tcheca e Eslováquia, Praga tornou-se a capital da primeira. Atualmente, corresponde a uma das cidades que mais atraem turistas na Europa Central, o que é plenamente justificável, considerando o seu rico e preservado patrimônio arquitetônico e cultural.

Considerada, por mim, a mais bonita capital que já conheci, Praga, sem dúvidas, merece e deve ser explorada por qualquer viajante inveterado. Mas já teci elogios demais à capital tcheca no primeiro post que escrevi sobre a República Tcheca. Aqui, escreverei sobre alguns aspectos práticos na tentativa de ajudar aqueles que estão planejando visitar a cidade.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Conhecendo Cesky Krumlov, a pequena cidade medieval a 3 horas de Praga

Quer se sentir dentro de um daqueles contos envolvendo reis, cavaleiros e princesas medievais? Então conheça Cesky Krumlov! Claro que nenhum cavaleiro montado em seu cavalo surgirá galopando pelas ruas nem nenhuma princesa solitária surgirá na torre do castelo, mas isso apenas por uma questão cronológica... Foram-se os personagens medievais, ficaram as conservadas construções, o castelo e sua mais alta torre e o clima nostálgico que envolve a cidade!!

Um rio sinuoso cortando a pequena cidade, verdes colinas a circundando, ursos pardos guardando a entrada do castelo e restaurantes com decoração que remetem ao passado completam a atmosfera medieval de Cesky Krumlov. A cidade é um verdadeiro encanto, construída no século XIII na região da Boêmia, em um importante trecho comercial da época. Considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, deveria, portanto, fazer parte de qualquer viagem à República Tcheca. 


domingo, 20 de dezembro de 2015

Como encaixar Cesky Krumlov no seu trajeto entre Praga e Viena?

Considerando a proximidade entre as duas cidades, muita gente acaba casando, em uma mesma viagem, Viena e Praga, mas o que nem todo mundo sabe é que, fazendo apenas um pequeno desvio no trajeto entre as duas capitais, é possível conhecer a pequena cidade tcheca: Cesky Krumlov. Mas vale apenas este desvio?

A resposta é, sem dúvida alguma, um enorme SIM!!

A cidade é pequena e pode ser conhecida em um único dia, podendo ser feito um bate-e-volta a partir de Praga. Diariamente, ônibus em diversos horários diferentes fazem o trajeto entre as duas cidades nos dois sentidos, em uma viagem que dura cerca de três horas. No entanto, para apreciar melhor e com mais calma Cesky Krumlov recomendo fortemente que você durma pelo menos uma noite na cidade.

República Tcheca, o país que roubou o meu coração

Eu já ouvira e lera muitos relatos elogiando e enaltecendo a capital da República Tcheca, mas confesso que, embora nutrisse sim um desejo grande de conhecer a cidade, suspeitava que houvesse um certo exagero nos elogios. Acreditava, portanto, que iria, logicamente, me encantar por Praga, mas não o suficiente para enquadrá-la como uma das minhas cidades preferidas no mundo. E não é que eu estava completamente enganado? Não apenas me encantei por Praga... Eu me apaixonei por Praga... E, hoje, a considero a mais bela capital que tive o prazer de conhecer...

Suas ruas estreitas, as inúmeras e belas casas históricas, suas inspiradoras pontes (a Ponte Carlos é um verdadeiro museu à céu aberto sobre o rio Vltava), o antigo castelo e sua imponente catedral do outro lado do rio, as agradáveis vistas panorâmicas do alto de suas torres, o mágico relógio astronômico que reúne inúmeros turistas a cada passagem de hora, o delicioso Trdelník, iguaria local vendida a cada esquina, contribuíram para que Praga se tornasse sublime aos meus olhos... E roubasse o meu coração...

Praga

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Top 5 - as igrejas que permaneceram na minha memória

Interessante como  inúmeras igrejas ao redor do mundo acabaram se tornando pontos turísticos e lugar indispensável para qualquer turista bater ponto, independente da crença religiosa de cada um. Mas, obviamente, isto não é a toa. Muitas igrejas, especialmente na Europa, são verdadeiros museus que abrigam fascinantes obras de arte. Outras apresentam uma arquitetura que enche os olhos e uma decoração interior rica em detalhes. Enquanto algumas possuem, inclusive, túmulos de personagens históricos que se tornaram icônicos ao longo dos séculos.

No entanto, ao mesmo tempo que algumas igrejas nos impressionam por toda a sua grandiosidade, confesso que, muitas vezes, me sinto entediado as visitando, especialmente em uma viagem pela Europa, durante a qual acabamos entrando em tantas igrejas que, com o tempo, não sabemos mais diferenciar uma da outra. Ao mesmo tempo, torna-se inevitável o questionamento de em que ponto da sua existência, a pompa, a riqueza e o luxo passaram a se impor sobre o verdadeiro propósito das igrejas dentro do Catolicismo. Afinal, algumas catedrais históricas ou até mesmo igrejas menores são tão luxuosamente decoradas que você acaba se indagando qual o sentido de toda aquela riqueza. Mas melhor parar por aqui para não gerar polêmicas desnecessárias...

domingo, 13 de dezembro de 2015

Graz, um destino pouco conhecido entre os turistas

Você já ouviu falar na cidade de Graz? Não?! Pois saiba que ela é a capital do estado da Estíria e segunda maior cidade da Áustria, tem um belíssimo centro histórico e pode ser facilmente acessada a partir de Viena, numa viagem que dura cerca de 2:30h de trem. Considerada um importante centro universitário do país, a cidade possui 6 universidades e é comum ver os inúmeros estudantes, vindos dos mais diversos pontos do globo, caminhando por suas ruas históricas.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Encante-se também por Hallstatt

No nosso terceiro dia na Áustria, optamos por fazer um bate-e-volta a partir de Viena com destino a um destes lugares inesquecíveis e imperdíveis ao redor do mundo: o onírico vilarejo de Hallstatt. Localizada às margens de um lago, no meio de exuberantes montanhas, em um lugar abençoado pela natureza, Hallstatt é composta por charmosas casas tipicamente austríacas que abrigam seus poucos mais de 900 habitantes. De tão bela, uma réplica da cidade já foi construída em território chinês, o turismo tornou-se a principal atividade da região e, não à toa, a cidade é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.


domingo, 6 de dezembro de 2015

Um concerto de música clássica em Viena: última noite

Em nossa última noite em Viena, tínhamos um compromisso especial. Iríamos presenciar um pouco de uma das mais marcantes características da cidade: a música clássica. Berço de grandes compositores,Viena, não à toa, respira música. São inúmeros os espetáculos, sejam óperas ou concertos, disponíveis nas noites da capital austríaca. E não apenas os turistas visitam as apresentações noturnas. Na verdade, pelo que percebi, há mais austríacos apreciando os concertos de música clássica do que propriamente turistas. 

Em trajes elegantes, os vienenses terminam seus dias com belíssimas apresentações. Mas não se preocupe: embora alguns locais (a Ópera de Viena, por exemplo) exijam o chamado dresscode, ou seja, um traje específico para que sua entrada no prédio seja permitida (em geral, roupa de gala), outros não têm este tipo de exigência. Portanto, na hora de escolher o espetáculo, verifique se há algum dresscode específico para não passar vergonha.

Neste site, você pode ter acesso à programação de óperas e concertos em Viena.

No nosso caso, escolhemos assistir a um concerto de música clássica apresentado pela Orquestra Sinfônica de Viena no chamado Musikverein, considerada uma das mais belas salas de concerto do mundo. O prédio do Musikverein abriga inúmeras salas, onde diferentes tipos de apresentações podem ocorrer em um único dia. Portanto, sugiro a quem quiser visitar o local que verifique a programação no site oficial e escolha o espetáculo que melhor se encaixe ao seu gosto, horário e bolso. No entanto, deixo aqui uma recomendação: tente escolher alguma apresentação que ocorra na chamada Sala Dourada, principal sala de concertos do prédio e famosa não apenas pela sua acústica perfeita mas também pela beleza da sua decoração. E você pode visitar esta sala mesmo que não queira assistir a nenhum concerto. Basta contratar um tour guiado no próprio local (agendamento feito no site oficial).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Mais de Viena: o belo Belvedere, a roda-gigante mais antiga do mundo e uma visita a Freud

E após uma deliciosa manhã pelas ruas do centro histórico de Viena, nosso próximo destino era mais um dos famosos palácios da cidade: O Belvedere (palavra em italiano que significa: bela vista). Famoso por sua bela arquitetura barroca e seu apreciado jardim, trata-se, na verdade, de dois palácios: o Belvedere Inferior e o Belvedere Superior, separados pelo belíssimo jardim que tanto chama a atenção na primavera e no verão. Infelizmente, no outono, época em que o visitamos, os jardins já haviam perdido muito daquela beleza característica que vemos em fotos do local.

Belvedere Superior. Atrás dele, está o jardim e o Belvedere Inferior