Quando organizei nosso tour pela Europa em 2015, Viena e Praga já eram presenças garantidas e, apenas após um tempo, decidi incluir também a capital húngara, Budapeste, como ponto final da viagem. Já fazia algum tempo que eu nutria um desejo crescente de conhecer a cidade e os relatos que li na internet, durante o preparo do roteiro, impulsionaram mais ainda este desejo. Separei, então, dois dias para Budapeste. O roteiro seria: Áustria, República Tcheca, Polônia e Hungria, nesta ordem.
Mas foi aí que, faltando cerca de um mês para a viagem, uma mudança inesperada do nosso voo de volta fez com que perdêssemos um dia na capital húngara e, assim, inevitavelmente, surgiu a dúvida: um dia apenas em Budapeste? Vale à pena? Afinal, já tínhamos comprado várias passagens de trem e ônibus, o que engessou os primeiros dias da viagem, incluindo nossa ida à Cracóvia. Tirar, então, Budapeste do roteiro e acrescentar um dia em Cracóvia? Trocar Budapeste por Bratislava, capital da Eslováquia? Seriam opções mais lógicas...
No entanto, confesso que, quando viajo, nem sempre sigo a lógica. Nem sempre sigo o habitual ou o que todo mundo faria. Às vezes, sigo apenas meus instintos, minhas vontades. E minha vontade real era passar, de qualquer forma, por Budapeste. Foi aí que li um relato na internet de alguém que, assim como nós, só teve um dia para visitar Budapeste e afirmou que, mesmo não sendo o ideal, valia muito à pena ir à cidade nem que fosse por apenas um dia. Era o que eu precisava ouvir (nesse caso, ler). Budapeste não sairia do nosso roteiro.