Budapeste (destaque para o imponente Parlamento Húngaro às margens do Danúbio) |
1. Viajar para Europa sem gastar muito é possível em Budapeste
Pois é! De todos os países europeus pelos quais passei, a Hungria foi, sem dúvidas, um dos mais baratos, e, ao final do dia, acabamos gastando bem menos do que havíamos previsto. A moeda local é o forint húngaro, bem desvalorizado em relação ao real (quando viajamos para lá, um real correspondia a cerca de 70 forints húngaros). A má notícia é que os estabelecimentos, até mesmo os mais turísticos, não costumam aceitar pagamento em euro, diferente da República Tcheca, onde o euro é, praticamente, uma segunda moeda local. Portanto, prepare-se para trocar seus euros por forints quando chegar ao país, seja no aeroporto ou na estação ferroviária. No nosso caso, chegamos a Budapeste pelo terminal de ônibus Nepligét Aut. Se este for também o seu caso, saiba que aqui também há como fazer o câmbio da moeda, mas o local abre apenas às 7 horas da manhã (chegamos às 5 horas no terminal, sem um centavo de forint no bolso, e, portanto, sem poder comprar nem mesmo uma garrafa de água por duas horas seguidas. Portanto, se seus planos se assemelharem ao nosso, tente comprar alguns forints antes de chegar a Budapeste).
2. O inglês não é um idioma muito habitual entre o povo húngaro
Esteja preparado para tentar pedir alguma informação em inglês e não conseguir se comunicar, especialmente, se você abordar alguém mais velho. Já entre os mais novos, é mais fácil falar em inglês. De todos os países da Europa que já visitei, a Hungria foi o que tive mais dificuldade de comunicação, embora isto não tenha atrapalhado, de forma alguma, o nosso passeio. Nas atrações turísticas, por exemplo, os funcionários se comunicam bem em inglês. Já nas ruas, prefira abordar adultos jovens caso precise de alguma infirmação.
3. O serviço de metrô de Budapeste serve bem ao turista
Considerando a concentração das principais atrações turísticas da cidade em uma área restrita da cidade, o turista poderá caminhar facilmente entre uma e outra atração. Mas para acessar alguns locais de interesse mais distantes ou se deslocar a partir do seu hotel, você pode facilmente se utilizar das linhas de metrô da cidade. Estas são, ao todo, quatro: M1 (amarela), M2 (vermelha), M3 (azul) e M4 (verde). As três primeiras se cruzam na estação Deák Ferenc, situada em uma localização privilegiada da cidade. A linha M1 foi a segunda estação de metrô a ser construída na Europa, no ano de 1896 (a primeira foi em Londres).
O ticket individual custa, atualmente, 350 HUF e pode ser comprado em máquinas de autoatendimento (com opção em inglês) ou em bilheterias localizadas nas estações. Como em outros sistemas de metrô da Europa, o ticket deve ser validado em máquinas próprias para isso (em geral de cor laranja), antes do seu embarque. Em Budapeste, vimos, frequentemente, inspetores verificando a validação do ticket antes das pessoas acessarem a plataforma de embarque. Pelo que percebi, aqui o sistema de fiscalização é muito mais intenso do que em outras capitais europeias, como Viena, Praga ou Paris.
O mapa do metrô pode ser acessado neste link.
4. Você pode chegar a Budapeste facilmente a partir de Viena
Caso você esteja planejando visitar a capital austríaca, recomendo que separe dois ou três dias para conhecer Budapeste. Afinal, estas duas belas capitais europeias localizam-se bem próximas (cerca de 245 Km as separam) e o que não falta são opções de transporte entre elas.
Você pode optar pelo conforto dos trens ou pode economizar em uma viagem mais barata, utilizando os ônibus entre Viena e Budapeste. No site da companhia Eurolines, você pode encontrar inúmeras opções de horários, podendo, inclusive, incluir o aeroporto de Viena como ponto de partida ou chegada, com passagens que custam, no momento, 5900 HUF. A viagem dura cerca de 2:40h e chega ou parte do terminal Nepligét Aut em Budapeste. Como citado acima, este terminal conta com uma pequena agência de câmbio, além de apresentar guarda-volumes para a sua bagagem. Uma estação da linha M3 do metrô pode ser acessada a partir terminal de ônibus.
Se optar pelo trem, este chegará ou partirá da estação de trem Budapest-Keleti, abastecida pelas linhas M2 e M4 do metrô.
Outra opção de transporte são os barcos que navegam pelo rio Danúbio. Afinal, este rio cruza as duas cidades, permitindo uma forma mais turística de se deslocar entre elas, caso você tenha mais tempo disponível e, obviamente, esteja disposto a gastar bem mais.
Outra dica é, durante o seu trajeto entre Viena e Budapeste, fazer uma parada em Bratislava, capital da Eslováquia, que se localiza em uma posição estratégica entre as duas capitais.
5. Se tiver apenas um dia em Budapeste, saiba quais atrações priorizar
Eu sei que é um crime passar apenas um dia nesta linda cidade. Crime pelo qual eu me julgo culpado. Mas se não houver outro jeito, é preciso saber que lugares da cidade não podem ficar de fora do seu roteiro de um dia.
Como expliquei no post anterior, a capital húngara é dividida em duas partes pelo Danúbio: Buda e Peste. Em cada lado, você terá algumas opções de atrações a serem visitadas.
Em Peste, destaco: a Praça dos Heróis, o Parlamento Húngaro e a Basílica de St. Stephen. A primeira fica um pouco mais afastada, mas pode ser facilmente acessada de metrô (pegando a linha M1 até a estação Hosok Tere). Para quem tiver mais tempo, pode visitar, por trás da praça, o City Park Városliget. A Basílica e o Parlamento localizam-se bem próximo ao Danúbio (o segundo às suas margens). E uma visita ao interior do Parlamento Húngaro é fundamental e perfeitamente possível mesmo se você tiver apenas um dia em Budapeste.
Praça dos Heróis em Peste |
Outros locais que podem valer a visita em Peste, caso você tenha mais tempo: a Avenida Andrássy e, localizada nela, a Ópera de Budapeste e o Museu do Terror; a rua Vaci; e o New York Café.
Em Buda, destaco: o Castelo de Buda (acessado pelo funicular) e, vizinho ao mesmo, a Igreja de St Matias e o Bastião dos Pescadores. A vista da cidade a partir destes lugares é belíssima.
Igreja de St Matias e, atrás desta, o Bastião dos Pescadores em Buda |
Um outro local de Buda, considerado o ponto a partir do qual se tem a mais bela vista da cidade, é a Citadela, localizada no topo de um monte onde se tem o Monumento da Libertação, erguido em comemoração ao fim do domínio soviético sobre a cidade. Infelizmente, não tive tempo suficiente para visitar este local.
No topo do monte, a Citadela e o Monumento da Libertação |
Para ir de Buda a Peste ou vice-versa basta atravessar a famosa Ponte das Correntes, que atravessa o Danúbio. Saindo do Parlamento e seguindo pela orla do Danúbio até a Ponte das Correntes, encontramos esculturas de diversos sapatos que representam os judeus cujos corpos foram jogados no Danúbio durante a Segunda Guerra Mundial.
Outras atrações bastante populares entre os turistas e os próprios habitantes da cidade são os chamados banhos termais, algo típico da cultura húngara e um resquício do domínio turco sobre o país. A cidade conta com inúmeras termas diferentes, sendo a Termas Scéchenyi uma das mais famosas. Esta pode ser facilmente acessada utilizando a linha M1 do metrô e descendo na estação Scéchenyi. Confesso que não tive muita curiosidade, especialmente, considerando o nosso dia único na cidade e, portanto, deixei esse tipo de visita para uma próxima vez.
No próximo post, darei maiores detalhes sobre cada atração visitada no dia que passamos em Budapeste.
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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