Após nossa visita a um templo budista em Hong Kong e nosso passeio ao Flower Market e Ladies Market, ainda tínhamos muito o que fazer na cidade. Nosso próximo destino era a Avenida das Estrelas, na região de Tsim Sha Tsui. Esta é uma atração da cidade que homenageia o cinema local, do qual a cidade parece se orgulhar bastante. Estátuas de artistas famosos e marcas no chão semelhantes à Calçada da Fama de Hollywood são expostas ao ar livre de frente para a baía de Hong Kong.
Quando pesquisei e vi fotos do local, antes da viagem, tive a impressão de que as estátuas se localizavam exatamente na calçada da orla. Não sei se houve uma mudança de posição ou se eu havia interpretado errado, mas ao chegar ao local, percebi que as estátuas estavam, na verdade, em uma área mais elevada que podia ser acessada de escada a partir da calçada da orla. Mas nada difícil de encontrar.
Chegamos lá pegando a linha vermelha do metrô e descendo na Estação Tsim Sha Tsui. Como falei, o local fica ao ar livre e não se cobra nada para passear por lá. Antes de subirmos até a área onde ficam as estátuas, aproveitamos para apreciar a vista da baía, com a skyline da ilha de Hong Kong do outro lado. Torci para vermos um dos barcos típicos do país e que mantém as características do passado, e que eu havia visto em fotos da baía, mas, infelizmente, não tivemos sorte.
Vista da Baía de Hong Kong |
Sobre a Avenida das Estrelas, aviso logo: não reconhecemos quase nenhum artista que está ali referenciado. Para nós, ocidentais, apenas um se destaca e acaba sendo a atração na fotografia dos turistas: a estátua de Bruce Lee. É comum se formar uma fila de pessoas que tentam imitar a pose do artista na foto.
Avenida das Estrelas |
Bruce Lee |
Portanto, é um local onde não gastamos muito tempo. De lá, seguimos caminhando pela região de Tsim Sha Tsui até o Star Ferry Píer, para pegar o barco e atravessar a baía até a Ilha de Hong Kong. Você pode fazer esse trajeto de metrô também, mas lógico que atravessar de barco, tendo a vista da cidade é muito mais agradável e charmoso. Portanto, indico que, pelo menos um dos trechos (ida ou volta), seja feito de barco.
No caminho, passamos pelo Hong Kong Museum of Art, já bem próximo ao píer. Queríamos muito visitar, mas, infelizmente, o museu se encontrava fechado para reforma. Uma pena! Teria sido uma ótima oportunidade de ter contato com a arte chinesa!!
Hong Kong Museum of Art |
Entre o museu e o píer está uma herança típica inglesa: a Clock Tower, uma torre com seu relógio no topo. Esta área em que se encontra esse monumento é a mais concorrida durante a noite para se ter a vista da skyline da Ilha de Hong Kong iluminada à noite e se assistir ao famoso espetáculo de luzes do prédios da ilha que ocorre diariamente às 20h. Nossa intenção era, neste primeiro dia, assistir ao show aqui à noite, mas como relatarei, posteriormente, não conseguimos retornar a tempo da ilha de Hong Kong (e acabamos perdendo o show em outras as outras noites na cidade. Uma pena!!).
Clock Tower |
O barco para a ilha sai regularmente do Star Ferry a um custo de apenas 2,50 HKD (você pode utilizar o Octopus Card aqui, sobre o qual falo no post de como utilizar o sistema de transporte público de Hong Kong). O trajeto dura apenas 10 min, te permite uma visão privilegiada de Kowloon e da Ilha de Hong Kong e, portanto, pode ser considerado mais uma atração da cidade.
Seguindo de barco para a Ilha de Hong Kong |
Mas esteja atento ao seguinte detalhe: saindo da Estação Tsim Sha Tsui, o Star Ferry pode seguir para duas estações distintas na Ilha de Hong Kong: a Central e a Wan Shai Station. Portanto, esteja atento para pegar a que você, realmente, deseja. No nosso caso, optamos por descer na Central Station, o que me parece ser a melhor opção, uma vez que está mais próxima das principais atrações da ilha.
Descendo na Central Station, fomos direto ao IFC Shopping. Na verdade, este é um local mais para os consumistas de carteirinha, contando com uma enorme loja da Apple (que, inclusive, tem uma vista legal para a cidade) e com outras lojas de marca. Nosso maior objetivo aqui foi mesmo usar o banheiro, admito!!
Vista da Ilha de Hong Kong a partir do IFC Shopping |
Do Shopping, seguimos caminhando em direção à Statue Square, entre os bonitos e modernos prédios da ilha. Não deixem de apreciar a arquitetura arrojada do Bank of China e do Lippo Centre. Não são prédios difíceis de se ver ao passear pela ilha.
Statue Square |
Bem ao lado do prédio mais alto na foto está o Bank of China |
Lippo Centre |
A primeira coisa que percebemos ao caminhar pela ilha é a dificuldade para os pedestres se deslocarem por suas ruas. Se você não conhece bem a cidade e não sabe onde estão localizados as passagens subterrâneas que te levam para o outro lado das ruas, pode sofrer um pouco aqui. Estas passagens costumam estar indicadas com o termo subway.
E, por falar nestas passagens subterrâneas, na primeira que pegamos, nos deparamos com uma cena, eu diria, surreal: vários locais levam papelões para estas passagens e para algumas das ruas da ilha, estendem os papelões no chão, como se fosse uma toalha de piquenique, sentam-se em grupos, tiram os sapatos, e ficam comendo, conversando, arrumando o cabelo uma das outras, rindo, usando o celular... e pareceu algo muito popular!!! Eram muitos jovens fazendo parte deste super programa de domingo. Não entendi o uso dos papelões. Não entendi porque não usar os belos parques da cidade. Mas enfim, cada povo com sua mania...
Cada povo com sua mania |
Outra coisa que percebemos é que, em um domingo, embora haja muita gente passeando pelas ruas, está quase tudo fechado na Ilha de Hong Kong (diferente de Tsim Sha Tsui). E, aqui, começou nossa peregrinação por um local para almoçar. Estávamos famintos e não encontrávamos um único restaurante. Já estava começando a bater o desespero quando, enfim, encontramos um McDonalds aberto em uma ruela escondida. Até hoje não consegui entender a escassez de locais para comer em um domingo na Ilha de Hong Kong.
Mas o que importa é que conseguimos matar nossa fome e recarregar as energias para a mais aguardada atração do primeiro dia em Hong Kong: a subida ao famoso The Peak. No entanto, dedicarei um post inteiro apenas para falar sobre esse sensacional passeio...
Após conhecer o The Peak, a intenção era retornar para Tsim Sha Tsui de barco e assistir ao show de luzes ali próximo ao píer. No entanto, as longas filas que pegamos no The Peak, tanto para subir quanto para descer, nos atrasaram e atrapalharam nossos planos. Acabamos voltando mesmo de metrô e caminhando pelas movimentadas ruas de Tsim Sha Tsui, com seus letreiros luminosos em chinês, intercalados com o idioma inglês, mistura típica desta incrível cidade oriental.
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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