E vamos falar do The Peak (ou Victoria Peak), o ponto alto (literalmente) do nosso primeiro dia de passeio em Hong Kong. Um dia que teve visita ao Templo Chi Lin Nunnery, passeio pelos mercados de rua, passeio pela Avenida das Estrelas e travessia de barco pela baía de Hong Kong. A intenção em deixar o The Peak para o final do dia foi coincidir nossa subida com o horário do pôr do sol. Desta forma, poderíamos ter a melhor visão em 360 graus da cidade do alto, ainda com a luz do dia, assistir a um belo crepúsculo e ver todos aqueles imensos prédios iluminados lá do alto (a iluminação noturna da cidade é uma atração à parte).
Aliás, para quem ainda não sabe, o The Peak é um observatório localizado no alto de um morro no meio da Ilha de Hong Kong. Pode ser acessado a partir de um trem que sobre e desce com os turistas ou utilizando o sistema de ônibus da cidade (optamos pelo trem).
Vista de Hong Kong no The Peak |
A primeira coisa que você tem que fazer para subir ao The Peak é encontrar o local exato da bilheteria e de onde parte o trem (a chamada Peak Tram Lower Station), localizada na Garden Road. Não é um local muito fácil de se achar, especialmente, se você estiver a pé. Mas para você se situar melhor, saiba que a bilheteria se encontra bem próxima ao Hong Kong Park, um dos locais mais visitados da ilha. No mapa abaixo, aponto a localização exata.
Estação do trem para subir ao The Peak |
Chegando lá, prepare-se para a fila (que devia estar ainda maior no dia em que fomos devido ao feriado do ano novo chinês!! Oh feriado para atrapalhar a vida do turista!!!). Haviam duas filas separadas por uma rua. No final da primeira fila, recebíamos um cartão que comprovava nossa longa espera e atravessávamos a rua para, então, entrar na segunda fila (a da bilheteria propriamente dita).
E após comprar nosso ticket, uma surpresa: uma terceira fila, agora para pegar o trem. Quer dizer, não era exatamente uma fila como nós conhecemos por aqui, mas uma fila no melhor estilo chinês. Todo mundo amontoado, num empurra-empurra e numa espécie de competição para ver quem entra primeiro no trem. Foi o nosso primeiro contato com este inigualável sistema de organização...
Chegou e partiu o primeiro trem. Chegou e partiu o segundo trem. Chegou e partiu o terceiro trem. E, finalmente, estávamos nós já às margens da plataforma. Agora era simples, concorda? Quando o trem chegasse e abrisse as portas, a gente entrava civilizadamente e se acomodava em uma das poltronas. Mas não foi isso que aconteceu...
O trem chegou e já sentimos a pressão dos chineses nas nossas costas. Isso, começamos a ser empurrados. E quando as portas se abriram... nem precisei mover as pernas... fui simplesmente levado pela multidão que se espremia para entrar primeiro no trem!! Parecia até que havia algum prêmio milionário para quem entrasse primeiro! E pasmem: há poltrona para todos se sentarem... e se você estiver com mochila nas costas, eles vão puxar sua mochila... e se não estiverem com mochila, eles vão puxar sua camisa, ou seu braço, ou seja lá o que for... o que importa é entrar primeiro naquele maldito trem!!
Primeira lição do dia: se estiver em uma fila chinesa, lute!! Ao fim da viagem, já estávamos verdadeiros ninjas na arte do empurra-empurra!!
Mas o que importa é que nos acomodamos e começamos a subir. A melhor vista é a de quem se senta no lado direito do trem (será por isso aquele desespero todo para entrar?). Mas a essa altura você deve estar se perguntando: mas custa o passeio?
Na verdade, os preços variam de acordo com o que você deseja. Afinal, quando você chegar ao alto existe uma estrutura chamada Sky Terrace (tem o formato de um barco), do alto do qual se tem a melhor vista. Ou seja, você pode comprar apenas a passagem de trem - tendo a opção de ida-e-volta (por 40 HKD) ou apenas de ida (por 28 HKD), caso queira descer de ônibus (não utilizei esta opção, mas pelo que havia lido é mais barata) - ou comprar o combo trem + Sky Terrace (por 83 HKD). Caso opte por subir e descer de ônibus, o ingresso isolado do Sky Terrace custa 48 HKD. Optamos pelo combo já que subiríamos e desceríamos de trem.
E o Sky Terrace? É apenas um observatório? Não!! Como tudo em Hong Kong, ele é um shopping, um local cheio de coisas para consumir, entre lojas e restaurantes, que, por acaso, tem um mirante fabuloso no seu teto. E, obviamente, você terá que passar por todas estas lojas, por todos os seus andares, se quiser acessar o terraço. Mas não se preocupe. Vale à pena.
No caminho, encontramos mais uma referência aos 12 signos chinês. Como falei em posts anteriores, o macaco (signo do ano de 2016) estava por todo canto na cidade, mas as referências aos demais signos também eram comuns. Aproveitamos para tirar uma foto com o signo de cada um e seguimos para o terraço.
O ano do macaco |
A vista é realmente incrível e compensa demais. Ver aquela metrópole verticalizada do alto não tem preço. E tudo ficou ainda melhor com o pôr do sol. Quando tudo escureceu e os prédios foram se iluminando, toda a paisagem mudou e eu tive a certeza de que a ideia de visitar o The Peak neste horário é a melhor!!
Pô do sol no The Peak |
Passamos cerca de 1 hora no The Peak apreciando a paisagem, mas este tempo acabou se estendendo ainda mais devido à fila para pegar o trem de volta. A intenção era retornar a Tsim Sha Tsui para ver o show de luzes que ocorre toda noite a partir das 20 horas na skyline da ilha. Mas com aquela fila toda, acabamos nos atrasando. Portanto, não nutra esperança de conseguir ver o show se optar subir ao The Peak durante o pôr do sol.
Chegava ao fim nosso primeiro dia na metrópole oriental. E o segundo nos reservava a mais agradável atração da cidade: a visita ao Grande Buda. Conto tudo no próximo post.
PARA SE PLANEJAR:
1. The Peak
Horário de funcionamento: o trem funcionam diariamente das 7 à meia-noite. O Sky Terrace abre, de segunda à sexta, das 10 às 23h, e, aos sábados e domingos, das 8 às 23h.
Entrada: preços citados no texto acima
Como chegar: caminhando a partir da Statue Square ou do Hong Kong Park
Site oficial: http://www.thepeak.com.hk/en/home.asp
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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