Nosso terceiro dia em Paris teve boa parte da sua duração dedicada a uma visita a Versailles, com direito a passeios pelos aposentos do seu palácio e pelo seu enorme jardim. Mas, obviamente, esta visita, com todas as dicas referentes, merece um post exclusivo. O dia em Paris durante o mês de junho, entretanto, termina tarde, e, portanto, ainda tivemos tempo de apreciar algumas atrações após retornar à cidade em torno das 16h.
Quais atrações? O Museu Rodin, cujo nome já deixa claro sobre o que se trata, o Jardim de Luxemburgo, um dos parques mais agradáveis da cidade, e o incrível Pantheon de Paris.
Jardins do Museu Rodin |
Na verdade, havíamos incluído o Museu d´Orsey no roteiro, uma vez que ficara uma frustração na minha primeira visita à cidade por não ter tido tempo de conhecê-lo. No entanto, este terceiro dia em Paris começou com a cidade tendo sofrido, durante a madrugada, com inundações em decorrência da cheia do Sena que se agravou. Acordamos, inclusive, com a informação de que o Louvre não abriria naquele dia em decorrência da água que entrara no seu subterrâneo (felizmente já havíamos o visitado no dia anterior). E, ao retornar de Versailles, e seguir direto para o Museu d´Orsey, demos de cara com o aviso de que ele também estava fechado em decorrência das inundações.
Museu d´Orsey |
E, naquele momento, percebi que sairia de Paris, mais uma vez, com a frustração de não visitar o museu. Da próxima vez na cidade, tenho que colocá-lo como prioridade máxima no roteiro. Mas, enfim, são casualidades que não podemos prever nem controlar. O clima na França estava instável e atípico e só me restava me conformar (mas confesso que foi difícil!).
Com a visita ao d´Orsey impossibilitada, tratei logo de substituí-lo pelo Museu Rodin, que ficara, inicialmente, fora do roteiro. Como ele não se localiza às margens do Sena, como o Louvre e o d´Orsey, acertei ao deduzir que ele estaria aberto. A caminhada entre os dois museus foi de apenas 15 minutos e, como todo passeio pelas ruas da cidade, nos presenteou com belos prédios e charmosas ruas.
A caminho do Museu Rodin |
Uma rua qualquer de Paris |
Interessante perceber que o Museu Rodin se localiza bem próximo ao Hotel des Invalides (monumento onde funciona o museu das Forças Armadas - falarei mais sobre ele em outro post), sendo possível, portanto, incluir as duas atrações em um mesmo passeio.
No mapa abaixo, indico a localização exata da entrada do Museu Rodin. Este foi inaugurado em 1919 no hotel que serviu de oficina para o famoso escultor francês Auguste Rodin, responsável pela obra O Pensador, uma das esculturas mais famosas do mundo e que se localiza no jardim do museu (aliás, você já dá de cara com a escultura assim que entra no local.
O trajeto percorrido, a pé, entre os museus d´Orsey e Rodin. A entrada deste se localiza exatamente na Rue Varenne. perceba que uma estação de metrô de mesmo nome (linha 13) se localiza bem próxima. |
Chegando no museu Rodin |
E olha O Pensador logo ali |
Jardins do Museu Rodin |
A cúpula do Hotel des Invalides vista a partir do jardim do Museu Rodin |
Há dois tipos de visita para se escolher no museu: visitar o interior do prédio mais o jardim das esculturas (por 10 euros) ou visitar apenas o jardim das esculturas (por 4 euros). Optamos pela segunda opção (e não nos arrependemos). O jardim é incrível e conta com inúmeras obras de Rodin (confesso que não tinha ideia de que ele tinha feito tantas), com destaque, claro, para O Pensador, logo no início da visita.
O Pensador de Rodin |
Mas as outras esculturas também chamam a atenção e, uma delas em especial, nos hipnotizou pela riqueza de detalhes: Portas do Inferno. Ela se localiza já no ponto em que se termina a volta pelo jardim. Pena que a escultura O Beijo, outra famosa obra de Rodin, está no interior do museu, de modo que não conseguimos apreciá-la.
Continuando o passeio pelas esculturas de Rodin |
Chegando aos fundos do jardim |
Jardim de Rodin |
O "quintal" do Museu Rodin |
Portas do Inferno de Rodin |
E olha a Torre Eiffel surgindo ao fundo |
Os jardins contam ainda com uma cafeteria (onde acabamos parando para matar a fome) e o centro de visitantes tem uma loja (como não poderia deixar de ser) com réplicas das esculturas expostas no museu. Pelas fotos, deu para perceber que a visita vale à pena, concordam?
Saímos do museu rumo à próxima atração: o Jardim de Luxemburgo. Teria até sido mais lógico pegarmos o metrô, mas acabamos optando por seguir caminhando para, assim, continuar apreciando a cidade acima do subsolo. Mais cansativo, sim! Mas bem mais charmoso!
E vamos caminhar por Paris |
Foram cerca de 40 minutos de caminhada, passando ainda pela Igreja de Saint-Sulpice, em frente a qual estava montada, naquele dia, uma feira de livros antigos (uma espécie de sebo parisiense). A igreja ficou famosa no livro O Código da Vinci, de Dan Brown, em especial pela citação do chamado "meridiano de Paris", uma linha de metal, paralela aos meridianos da Terra e que servia para predizer as datas dos equinócios, a partir da incidência da luz do sol sobre a linha. Foi usada para o cálculo das longitudes até o meridiano de Greenwich ser adotado como referência para tal.
Fachada da Igreja de Saint-Sulpice |
Igreja de Saint-Sulpice |
Da Igreja de Saint-Sulpice para o Jardim de Luxemburgo, é um pulo. Confesso que este é o parque urbano do qual mais gosto na cidade. O belo Palácio de Luxemburgo no seu interior é um dos destaques do jardim, assim como o verde que impera para onde se olhe. Tive a oportunidade de visita o lugar tanto no outono como, agora, na transição entre a primavera e o verão e minha conclusão é óbvia: o Jardim de Luxemburgo é imperdível em qualquer época do ano.
Entrando no Jardim de Luxemburgo |
O Palácio de Luxemburgo |
Chama a atenção a mistura que o local permite entre os habitantes da cidade, que visitam o jardim seja para namorar, para fazer um pique-nique ou para praticar algum esporte nas quadras espalhadas pelo parque, e os turistas, que o visitam apenas para apreciar a beleza do lugar e sentir um pouco do clima parisiense.
Em torno do jardim em frente ao palácio, há inúmeras cadeiras onde você pode se sentar para apreciar o movimento. E foi o que fizemos, até mesmo para descansar da longa caminhada que fizéramos até lá. Mas não antes de tirar as fotos que o lugar exige.
Imagina este canteiro no auge da primavera |
Vale ressaltar que o acesso ao jardim é gratuito. Para chegar de transporte público, você pode pegar o trem RER B e descer na Estação Luxembourg, localizada bem próxima a uma das principais entradas do jardim.
E, bem próximo ao Jardim de Luxemburgo, é possível encontrar mais um dos incríveis monumentos de Paris. No caso, o Pantheon. Devido à localização quase vizinha, é praticamente obrigatório incluir as duas atrações em um mesmo passeio. No mapa abaixo, indico a saída do jardim que te leva direto ao Pantheon.
Sobre o Pantheon só posso afirmar que ele é incrível, devido à imponência da sua construção. Mas confesso que o Pantheon de Roma me impressionou mais, talvez, por sua aparência mais antiga. Afinal, o de Paris é, digamos, mais "moderno" (Ok! Fica difícil classificar como moderno um monumento cuja construção teve início no século XVIII).
O Pantheon de Paris |
Recomendo demais que você se aproxime do Pantheon pela rua Soufflot a partir do Jardim de Luxemburgo. A perspectiva do monumento à medida que nos aproximamos dele é incrível.
Aproximando-se do Pantheon pela Rue Soufflot |
Nos arredores do Pantheon |
Igreja de Saint-Étienne, vizinha ao Pantheon |
A vizinhança |
Não à toa, inúmeros jovens se movimentavam na região naquele fim de tarde (na verdade, já era noite; o sol que continuava de pé). Afinal, ali funciona a Universidade Sorbonne, uma das mais conceituadas do mundo. E ainda conseguimos entrar no pátio da Faculdade de Direito (pelo que percebemos a entrada é aberta), embora não houvesse nada demais no local. Valeu mais pela curiosidade mesmo.
Uma pena que àquela hora, o Pantheon já estivesse fechado para visitação. Gostaria muito de ter conhecido o seu interior. Mais uma atração que entra para a lista de coisas para se fazer numa próxima visita a Paris. Aliás, esta lista vem aumentando tanto à medida que escrevo esses posts sobre a cidade que estou achando que será necessário mais umas duas visitas à cidade para dar conta de tudo que Paris tem a oferecer.
Mas já que o Pantheon estava fechado e o sol se recusava a se despedir, por que não fazer algo a mais na cidade? Estávamos em Paris, ora! Se não estávamos cansados? Estávamos exaustos (naquele dia, já havíamos andado bastante pelos Jardins de Versailles). Mas estávamos na cidade da Torre Eiffel e, como não sabíamos quando voltaríamos ali, não pensamos duas vezes e pegamos o metrô até a torre.
Comer um crepe às margens do Sena, apreciando a Torre Eiffel e andando pelo Trocadero não seria um passeio para se desperdiçar, concordam?
Torre Eiffel |
Trocadero |
E, assim, terminamos mais um dia em Paris.
PARA SE PLANEJAR:
1. Museu Rodin
Horário de funcionamento: abre de terça a domingo das 10 às 17:45h (bilheteria fecha às 17:15h).
Entrada: 10 euros - museu e jardim / 4 euros - apenas jardim
Como chegar: de metrô (linha 13 até a Estação Varenne)
Site oficial: http://www.musee-rodin.fr/en
2. Pantheon de Paris
Horário de funcionamento: diariamente das 10 às 18:30h de abril a setembro e das 10 às 18h no restante do ano (última admissão: 45 minutos antes do horário de encerramento).
Entrada: 8,5 euros
Como chegar: caminhando a partir do Jardim de Luxemburgo (como explicado no texto) ou de metrô (linha 10 até a estação Cardinal Lemoine e mais 5 minutos de caminhada)
Site oficial: hhttp://www.paris-pantheon.fr/en/
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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