Chegamos em Barcelona em torno das 6 horas da manhã em um ônibus noturno que saíra de Marselha, na noite anterior. Infelizmente, não dormimos muito bem com as inúmeras paradas do motorista ao longo do caminho, mas, mesmo cansados, estávamos em Barcelona, era a minha primeira vez na Espanha, e nós estávamos super empolgados para desbravar a capital da Catalunha. E, assim, acabamos caminhando mais do que em qualquer outro dia desta viagem. Então, já dá para perceber que o dia foi puxado, não é mesmo?
Nosso primeiro destino foi o nosso hostel (o Hostal Lleida, no distrito de Eixample), onde deixamos a nossa bagagem e, ainda sem poder ter acesso ao quarto (devido ao horário) para um banho merecido, seguimos direto para as ruas da cidade. Nosso plano: desbravar o Bairro Gótico, onde estão as mais antigas construções da Barcelona, passear pelo Parc de la Ciutadella e almoçar em Las Ramblas, para depois retornar ao hostel, tomar banho e seguir para o Montjuic.
Antes, tomamos café da manhã numa padaria próxima ao hostel e, então, seguimos caminhando em direção à Plaça de Catalunya. Olhando em retrospecto, deveríamos ter ido de metrô. Afinal, foram quase 30 minutos de caminhada até chegar à praça em um dia que já seria muito puxado. Mas é aquela história: quando chegamos em uma cidade nova, a empolgação bate de tal forma que o que queremos mesmo é andar pelas ruas para ir se ambientando com a cidade e não se enfurnar abaixo da terra em um metrô.
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Apreciando os prédios de Barcelona pelo caminho |
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Plaça de Catalunya |
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Da Plaça de Catalunya (cuja estação Catalunya é um ponto de baldeação de quatro linhas de metrô: 1, 3, 6 e 7), é possível acessar uma das extremidades da famosa rua Las Ramblas. Mas preferimos deixar esta rua para a hora do almoço, considerando os inúmeros restaurantes que, lá, disputam a atenção dos turistas, e seguimos direto para o Bairro Gótico de Barcelona.
O Bairro Gótico é a região mais antiga de cidade, repleto de históricas construções no estilo gótico (claro!). Composto por inúmeras ruas estreitas, muitas delas curvas e algumas sem saída, a área nos pareceu bastante labiríntica e acabamos nos perdendo e tendo enorme dificuldade em encontrar os lugares que eu havia, previamente, marcado (ainda não havíamos comprado um chip 3G para utilizar na Espanha e, portanto, estávamos sem o auxílio do mapa pelo celular).
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Pelas ruas do Bairro Gótico |
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Pont del Bisbe |
Mas mesmo nos atrapalhando pelo bairro, conseguimos encontrar:
1. Plaça Sant Jaume, onde estão localizados os prédios administrativos da cidade: o Palácio do Governo da Catalunha (Palau de la Generalitat) e a Prefeitura de Barcelona (Palau da Ciutat de Barcelona)
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Prefeitura de Barcelona |
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Palácio do Governo da Catalunha |
2. Plaça del Rei, uma praça tipicamente medieval e um dos lugares mais históricos da cidade. Um dos prédios em torno da praça abriga o Museu de História de Barcelona (
MUHBA)
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Plaça del Rei |
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Esta torre é o Mirador del Rei |
3. Catedral de Barcelona (cuidado para não confundi-la com a Sagrada Família, obra de Gaudí e uma das principais atrações da cidade)
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Catedral de Barcelona |
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Quando chegamos à Catedral de Barcelona, confesso que a minha paciência para continuar procurando outros lugares, como a Plaça Felip Neri e a Igreja de Santa Maria del Mar, havia se esgotado. Por falar em igrejas, elas não faltam no bairro gótico. São muitas espalhadas pelas ruas. Então, para quem gosta de conhecer todas, será um prato cheio.
Para tentar ajudá-los a não se confundir pelo bairro como nós, mostro no mapa abaixo o trajeto entre a Plaça de Catalunya e os pontos do bairro que visitamos:
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O mapa mostra o trajeto da Plaça de Catalunya até a Catedral de Barcelona, passando antes pela Plaça Sant Jaume e a Plaça del Rei. Estão circulados outros lugares do bairro, da esquerda para a direita: a Basílica de Santa Maria de Pi (mais próxima de Las Ramblas), a Plaça Felip Neri com sua respectiva igreja e a Plaça Santa Maria com a Igreja Santa Maria del Mar |
Da Catedral de Barcelona, seguimos caminhando até o Parc de la Ciutadella, mais especificamente, no ponto em que se entra no parque passando pelo Arco do Triunfo. Pois é! Barcelona também possui seu um arco triunfal para chamar de seu. Mas ao contrário de outros arcos da Europa, como os presentes em Paris e em Roma, este aqui não foi construído com o objetivo de simbolizar alguma vitória militar, mas sim como uma obra para uma exposição universal que ocorreu na cidade no século XIX. Entre as obras não idealizadas por Gaudí que vi em Barcelona, esta foi a que achei mais bonita. A estação de metrô mais próxima do monumento é a Arc de Triomf, ao qual se chega pela linha 1.
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Trajeto entre a Catedral de Barcelona e o Arco do Triunfo |
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Arco do Triunfo |
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Após um tempo apreciando o Arco do Triunfo e o fotografando, seguimos caminhando pelo Parc de la Ciutadella. Este é mais um dos parques verdes tão comuns pela Europa, para onde os habitantes da cidade vão descansar, ler, praticar esportes ou apenas conversar. É lá também onde está localizado o Parlamento da Catalunha e um zoológico.
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Parc de la Ciutadella |
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Saímos do parque por uma saída lateral, com o objetivo de seguir até a orla, mas o pequeno bairro La Barceloneta estava ali tão perto que não resistimos e fizemos um desvio para conhecê-lo. Não foi a melhor das ideias porque acabamos andando mais ainda, mas pelo menos conhecemos um pouco do lugar. Ali em volta, várias pessoas passavam em trajes de banho. Provavelmente, com o objetivo de seguir até a praia de la Barceloneta ou alguma outra. Com o calor que estava fazendo, até que não seria má ideia. Mas o nosso foco em Barcelona não era praia.
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No mapa, está circulado o bairro La Barceloneta que tem a sua própria praia e é ladeado pelo porto (Port Vell) da cidade. A seta mostra a saída pela qual deixamos o Parc de la Ciutadella. Veja que, seguindo em frente, sairíamos no calçadão da orla, mas preferimos fazer um desvio até La Barceloneta |
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La Barceloneta |
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La Barceloneta é um bairro antigo (construído no século XVIII) e charmoso, mas não o achei imperdível. Acho que só vale à pena inclui-lo se você tiver mais tempo na cidade. No entanto, isso é, claro, uma questão de gosto pessoal. Para acessar o bairro de metrô, há uma estação (Barceloneta), abastecida pela linha 4.
Do bairro, seguimos até o porto que fica ao seu lado, com o objetivo de seguir pelo calçadão da orla até o Mirador de Colón. E não imagine um porto feio e sujo. Ali é um porto para barcos caros e iates. Tudo limpo e com boa infraestrutura.
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Nova Maris Port Vell |
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Alugar um desses barcos não deve ser nada barato |
Chegamos ao largo calçadão da orla localizado na região da cidade antiga de Barcelona. Ao longe, já dava para avistar o Montjuic, ao qual iríamos após o almoço (não sem antes ir tomar um banho no hostel, claro!).
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Calçadão da orla. Ao fundo, o Montjuic |
Interessante que algumas grandes esculturas podem ser vistas ao longo da orla. Afinal, estamos na Espanha, um dos países da Europa mais inspirados para criar arte.
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E, assim, chegamos ao Mirador de Colón, estátua construída ainda no século XIX, em homenagem a Cristóvão Colombo, que é representado com um braço estirado apontando para a frente. O monumento fica exatamente na extremidade sul de Las Ramblas e, como já era hora do almoço, foi para esta rua que seguimos, com o objetivo de escolher um dos seus restaurantes.
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Mirador de Colón. E o Montjuic atrás |
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Las Ramblas |
Las Ramblas parece estar sempre lotada de turistas, que caminham pelo largo calçadão arborizado que fica bem no meio da rua. De cada lado, muitos restaurantes, bares e cafés que fazem a alegria dos visitantes da cidade. É na rua onde se encontra o mais famoso mercado de Barcelona: o La Boqueria. Para acessar a rua de metrô, não é difícil, já que ela é abastecida pela linha M3 que passa pela estação Liceu, mais ou menos na metade da extensão da rua. Os acessos à estação ficam no calçadão de pedestres.
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Entrada do Mercado La Boqueria |
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No interior do Mercado La Boqueria |
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O mapa mostra a localização do Mercado de La Boqueria em Las Ramblas |
A esta altura, estávamos famintos. Escolhemos um restaurante, no qual se pagava um valor fixo e se tinha o direito de se servir o quanto quisesse do menu, que incluía, principalmente, dois pratos típicos da Espanha: as tapas e a paella.
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A paella espanhola |
Estômago cheio e primeira parte do dia cumprida, era hora de retornar ao hostel (desta vez, de metrô), fazer check-in, tomar um merecido banho e seguir para a segunda parte do nosso roteiro: o Montjuic.
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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