Para o nosso primeiro dia em Madrid, concentrei o nosso trajeto em um trecho, facilmente, percorrido a pé, começando por uma das principais referências da capital espanhola, a Puerta del Sol e passando por charmosas ruas históricas, belas praças e jardins, um palácio de tirar o fôlego, referências a Dom Quixote e até mesmo um templo vindo diretamente do Egito Antigo. Um trajeto que, de cara, me fez perceber que eu estava completamente enganado em ter baixas expectativas com a cidade. Madrid já começou me provando que é perfeitamente possível se apaixonar por ela!
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Madrid |
A Puerta del Sol é um dos corações da cidade. E, como já falei no post anterior, acabei montando o meu roteiro em torno dela. A praça tem uma estação de metrô para chamar de sua, por onde passam as linhas 3 e 4. E sua principal atração consiste em um dos símbolos de Madrid: a estátua O Urso e o Madroño (ou medronheiro em português).
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O Urso e o Madroño na Puerta del Sol |
A figura de um urso (na verdade dizem que é uma ursa) representa a dominação da Igreja sobre os pastos e o medronheiro, a dominação do Estado sobre a madeira, em referência aos anos de luta entre ambos, no passado, até que se definiu o domínio de cada um desses poderes sobre cada uma das riquezas de Madrid, na época. Assim, a partir do século XIII, esta imagem passou a fazer parte do brasão da cidade e, no século XX, o escultor Antônio Navarro Santafé criou a estátua que se tornou um dos principais símbolos da capital espanhola. obviamente, garanti a minha miniatura da estátua para a minha coleção.
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Puerta del Sol |
Toda grande cidade espanhola que se preze tem uma Plaza Mayor como ponto central, característica que se estendeu a várias colônias do país na América Latina, de modo que, até hoje, as capitais dos países latino-americanos que foram colônias da Espanha possuem uma Plaza Mayor como marco histórico.
Diferente de outras praças do mesmo tipo, no entanto, que conhecemos em outras cidades, em Madrid, ela não concentra a catedral local (embora esta não esteja muito longe dali) e o seu acesso é todo feito a partir de pórticos, o que dá à praça a aparência de um grande pátio no meio dos prédios que a cercam.
Naquele dia, ainda acontecia um casamento entre dois homens que, após a sua cerimônia, acenavam para os convidados da sacada de um dos prédios em volta da praça. E a felicidade dos dois e a alegria dos convidados foi contagiante. O tipo de flagrante que dá ainda mais vida a um passeio turístico por uma cidade.
Vizinha à Plaza Mayor, se encontra um dos principais mercados da cidade: o Mercado de San Miguel. Prato cheio para quem gosta de visitar mercados. Você pode optar por almoçar no mercado ou apenas parar para petiscar umas tapas espanholas ou, como nós, comprar algumas frutas frescas para ir saboreando durante a sua caminhada pelas ruas históricas de Madrid.
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Mercado de San Miguel |
Dali, seguimos em direção ao Palácio Real de Madrid, uma das principais atrações da capital espanhola, em frente do qual se localiza a catedral da cidade.
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A caminho do Palácio Real de Madrid, muitas pausas para fotografar os belos prédios da cidade |
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Catedral de Madrid |
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Catedral de Madrid vista do grande pátio em frente ao Palácio Real |
Para quem não sabe, a Espanha ainda é uma monarquia, tendo, como chefe de Estado, o Rei Filipe VI. O mesmo vive no palácio Real com a sua esposa, a Rainha Letícia (antiga jornalista espanhola) e suas duas filhas. Mas, obviamente, durante a visita turística ao palácio nós não temos acesso aos atuais aposentos da família real.
No entanto, o palácio é luxuosíssimo e não deixa nada a desejar aos antigos palácio franceses ou às atuais moradias da família real britânica. Enormes pinturas, belas tapeçarias, lustres e vasos, aparentemente, caríssimos, sala do trono, estátuas de figuras históricas, enfim, tudo a que um palácio tem direito, você encontra no Palácio Real de Madrid.
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Palácio Real de Madrid |
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Mas esteja atento: às vezes, a visita turística pode ser interrompida devido a cerimônias oficias no local, de forma que é recomendado checar no
site oficial do palácio se o mesmo estará aberto no dia em que você pretende visitá-lo. De qualquer modo, o local costuma estar aberto diariamente das 10 às 18h (de outubro a março) e das 10 às 20h (de abril a setembro). Os tickets custam, atualmente, 11 euros e podem ser adquiridos
online (o que recomendo, já que a fila no local é ao ar livre, de modo que você pode ficar um bom tempo tostando no sol, como nós, ou embaixo de uma chuva, dependendo da época do ano).
Programe, no mínimo, uma hora para explorar o palácio.
Há ainda os jardins conhecidos como Campo del Moro, vizinho aos Jardines de Sabatine, mas este deixamos para conhecer em uma próxima visita à cidade. Preferimos atravessar a rua e seguir para a Plaza de Oriente, uma grande praça arborizada ao lado do Palácio Real.
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Plaza de Oriente |
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Lateral do Palácio Real de Madrid visto da Plaza de Oriente |
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De lá, fomos explorando mais ruas históricas da cidade, meio sem rumo e sem olhar muito o mapa. Os prédios históricos de Madrid são lindos e entre olhar para um mapa na mão e olhar para as belas ruas da cidade, preferimos a segunda opção. E, assim, acabamos saindo, novamente, bem próximo a Puerta del Sol.
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Aproveitamos e entramos em um café para experimentar o típico churros espanhol. Diferente do churros que eu conheço no Brasil, na Espanha, ele é servido com um xícara de chocolate, no qual vamos mergulhando a iguaria antes de prová-la. Confesso que esperava mais do churros original (afinal, ele teve origem na Espanha).
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Os churros espanhóis |
Com a barriga cheia de churros, partimos para a Gran Via, uma das principais e mais movimentadas ruas de Madrid. Mas não vi muita graça. Tumultuada demais. Mas pode agradar aqueles que gostam de fazer compras em viagens. Partimos, então, para a Plaza España.
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Gran Via |
A Plaza España é mais um local de Madrid onde turistas e moradores se misturam. Estes últimos, conversando, dançando, passeando com seus cachorros ou apenas namorando. E, aqui, assim como no restante da cidade, casais tanto hetero como homossexuais convivem em harmonia, como deveria ser em qualquer lugar do mundo.
Do ponto de vista turístico, o que mais chama a atenção na Plaza España é o monumento em homenagem a uma das figuras mais importantes do país, o escritor Miguel de Cervantes. Uma estátua do artista domina o centro da praça e, em frente a ela, duas esculturas representando seus icônicos personagens: o lendário Dom Quixote e seu escudeiro Sancho Pança.
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Plaza España e o monumento em homenagem a Miguel de Cervantes |
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Dom Quixote e Sancho Pança |
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Após algumas fotos com os personagens mais famosos da Espanha, seguimos para o Templo de Debod, localizado praticamente vizinho à Plaza España. Na verdade, o templo está localizado em uma grande área verde no formato de uma pequena colina. A mesma vida pulsante encontrada em outras praças e parques da cidade é vista aqui, com muitos habitantes fazendo piquenique, namorando ou apenas relaxando.
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O Templo de Debod é um templo egípcio construído em homenagem ao deus Aman no século IV a.C., no Egito. Mas o que exatamente um templo construído no Egito está fazendo no meio de Madrid? Na verdade, o templo foi um presente do governo do Egito à Espanha na década de 60, quando os espanhóis auxiliaram na preservação de algumas construções históricas do país africano. As pedras do templo foram transportadas até a Espanha, onde, então, ele foi reconstruído e restaurado.
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Templo de Debod |
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Atualmente, o interior do templo pode ser visitado gratuitamente. Infelizmente, ele já estava fechado quando lá chegamos. Abaixo, os horários para você se programar:
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Ao final do dia, a área verde em torno do Templo de Debod costuma ficar ainda mais cheia, uma vez que o por do sol visto de lá é considerado o mais bonito de Madrid. Por isso que nos organizamos para deixar esta região no final do nosso roteiro.
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Vista a partir do parque onde se localiza o Templo de Debod. À esquerda, pode-se ver a Catedral de Madrid. |
Infelizmente, estávamos cansados e acabamos não esperando o sol se por completamente antes de seguirmos para o bairro Chueca (caminhando pela Gran Via), área do centro bem badalada e repleta de restaurantes, onde jantaríamos antes de retornar ao nosso hotel.
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Chueca |
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O dia terminava em Madrid trazendo a certeza de que eu havia, realmente, subestimado a cidade, uma vez que, àquela altura, eu já estava apaixonado pela capital da Espanha. E, confesso, gostando mais do que de Barcelona. E olha que eu nem havia conhecido ainda a minha área preferida da cidade: o Parque del Retiro. Mas isto já é assunto para outro post.
No mapa abaixo, identifico as áreas visitadas neste dia em Madrid. percebam como tudo é próximo, podendo ser visitado, tranquilamente, à pé.
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Principais pontos visitados no Centro Histórico de Madrid |
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
Amazing this place
ResponderExcluirI want to visit this place someday
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