Menu

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Hermanus, a cidade sul-africana das baleias

Hermanus é uma pequena cidade litorânea da África do Sul localizada a cerca de 120 Km de Cape Town, na costa sul do país. E a sua maior atração são as baleias que visitam as suas praias durante o inverno, fugindo das baixas temperaturas do mar da Antártida. As baleias podem ser vistos da própria orla da cidade, sem nem mesmo precisar pegar um barco (a não ser que você queira vê-las mais de perto, claro). E, assim, quase tudo na cidade tem os maiores mamíferos do mundo como referência, desde o nome de estabelecimentos até um museu sobre estes animais.

Mas a cidade não recebe turistas apenas no inverno, com o objetivo de avistar as baleias, mas também durante o verão. Afinal, é uma cidade litorânea e, como tal, bem servida de belas praias e um ótimo destino para quem quiser um lugar tranquilo para curtir o verão sul-africano.

A linda e agradável Hermanus, entre o mar e as montanhas


Na verdade, Hermanus surgiu no nosso roteiro meio que por acaso. Eu nunca havia ouvido falar sobre a cidade e estava pesquisando um local para dormir no meio do caminho entre Cape Town e o Game Reserve que conheceríamos no dia seguinte (Game Reserve são pequenas reservas espalhadas pelo país, onde é possível ter uma experiência de safári). Hermanus acabou surgindo como a melhor opção para nós. E a cidade acabou se mostrando uma excelente escolha.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Boulders Beach, a praia dos pinguins africanos

Como parte da nossa visita ao Cabo da Boa Esperança, não tinha como deixarmos de fazer uma parada na incrível Boulders Beach. Afinal, a praia localiza-se no caminho e é habitat de uma colônia inteira de pinguins africanos. Tinha como não querer conhecer estes graciosos animais?

Boulders Beach e sua colônia de pinguins africanos

Já explicamos como organizamos o nosso trajeto e as nossas paradas, no dia em que visitamos o Cabo da Boa Esperança, em outro post. E, como já contamos lá, deixamos a Boulders Beach, localizada na costa leste da península, para o retorno, após a nossa incrível visita ao Cape of Good Hope. O tempo de viagem entre o Cabo e a praia foi de cerca de 30 minutos de carro.

Boulders Beach se localiza, na verdade, em uma pequena cidade, chamada Simon´s Town. Como toda cidade litorânea que vimos pelo país, ela, embora pequena, tem boa estrutura, com excelentes casas de praia, convidativas para quem quer morar ou apenas passar um fim de semana na praia.

sábado, 17 de junho de 2017

Tudo sobre o Cabo da Boa Esperança

Nosso quarto dia em Cape Town foi dedicado a visitar o Cabo da Boa Esperança e as atrações que existem pelo caminho. Já contamos em outro post como organizamos o nosso trajeto. Também já relatamos o início do passeio, passando por Hout Bay e dirigindo pela impressionante Chapman´s Peak Drive. Agora vamos dar os detalhes da nossa visita ao Cape of Good Hope.

Quem nunca ouviu falar no Cabo da Boa Esperança nas aulas de história, não é mesmo? Foi o português Bartolomeu Dias, durante a era das navegações, que descobriu o cabo em 1488, enquanto procurava o caminho para as Índias. Devido às tempestades que assolavam a região, tornando perigoso para as navegações contornarem o cabo, ele foi apelidado, na época, de Cabo das Tormentas.

Cabo da Boa Esperança

E, hoje, ele representa um dos pontos turísticos mais populares da África do Sul. Não apenas pelo seu valor histórico, mas também pela sua beleza natural. Aliás, esta beleza acompanha todo o trajeto até lá. Quando saímos da Chapman´s Peak Drive e seguimos em direção ao Cabo, a vontade era de parar em vários pontos da estrada para apreciar as paisagens ao redor. Os caminhos iam passando por praias desertas e por pequenas cidades litorâneas que eram um convite a uma visita. Mas tivemos que manter o foco e seguir até o Cabo.

Conhecendo Hout Bay e dirigindo pela Chapman´s Peak Drive

Hout Bay é uma bela baía rodeada por montanhas localizada no litoral sul de Cape Town e, facilmente, acessada de carro. Como já explicamos em outro post, visitamos o local durante o nosso trajeto até o Cabo da Boa Esperança.

Hout Bay


Para chegar até la, colocamos, no Waze do nosso celular, Hout Bay Habour como nossa primeira parada. A rota mais lógica seria aquela que vai sempre percorrendo o litoral, passando por Camps Bay para poder deixar a cidade. Como esta rota, no entanto, estava mais congestionada, o navegador acabou nos mandando por uma estrada mais interna (mas não por isso menos bonita), contornando a Table Mountain.

Após cerca de 30 a 40 minutos, chegávamos à praia. O local conta com um estacionamento amplo que fica ao lado de uma construção chamada Mariner´s Wharf, uma espécie de complexo de restaurantes.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Organizando o trajeto até o Cabo da Boa Esperança

Se tem um passeio que todos que visitam Cape Town querem fazer é a visita ao Cabo da Boa Esperança. Afinal, a famosa península sul-africana está localizada bem próximo à cidade, a cerca de 70 Km, sendo facilmente acessada de carro em um trajeto de aproximadamente uma hora e vinte minutos.

Cabo da Boa Esperança


Distância entre Cape Town e o Cabo da Boa Esperança

Assim, é comum um bate-e-volta partindo da Cidade do Cabo, seja por conta própria, alugando-se um carro, seja através de alguma excursão. A primeira opção nos parece mais vantajosa por ser mais barata, permitir que você mesmo faça o seu horário e ainda possibilitar a parada em outros pontos de interesse pelo caminho.

E estes pontos vão, certamente, ser do seu interesse, com destaque para: a Hout Bay, localizada ao sul do Table Mountain National Park; a Chapman´s Peak Drive, estrada panorâmica que parte de Hout Bay e vai percorrendo o lado oeste da península; e Boulders Beach, uma praia do lado leste da península e habitat de inúmeros pinguins sul-africanos.

Como é a visita a Robben Island

Em 1948, a segregação racial foi institucionalizada na África do Sul, tornando-se uma política praticada pela minoria dominante branca sobre as demais etnias que, mesmo em maior número, não tinham acesso ao poder. E, assim, negros, indianos, malaios ou qualquer outra etnia não-branca passou a ser considerada, oficialmente, inferior, sendo expulsos de suas moradias com o objetivo de estabelecer bairros onde apenas brancos podiam viver e transitar (vide o que aconteceu no District Six em Cape Town, episódio retratado em um dos dos museus do centro da cidade). Além disso, os serviços de educação e saúde, entre outros, aos quais os não-brancos tinham acesso, também eram de qualidade inferior, marginalizando cada vez mais esta parcela da população sul-africana.

Parece surreal acreditar que, no passado recente (o Apartheid só acabou em 1994), coisas como esta ainda pudessem existir no planeta. O pior é ter consciência de que, em muitos lugares, isto ainda existe, mesmo que de forma velada. Sentir-se superior por ter uma cor de pele diferente não é, infelizmente, coisa apenas do nosso passado. E como não poderia deixar de ser, é algo que gera revolta.

E, não à toa, o Apartheid gerou uma crescente revolta na classe que, constantemente, era inferiorizada e marginalizada. Revoltas começaram a estourar pelo país. A violência se tornou crescente. E a solução adotada pelo governo foi exilar e prender os líderes revolucionários. Entre eles, um dos maiores ícones da África do Sul, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela, que foi preso na Robben Island por mais de 20 anos.

Robben Island e, ao fundo, a Table Mountain


Mas a Robben Island, pequena ilha localizada na Baia da Mesa, em Cape Town, não teve apenas Mandela como prisioneiro. Inúmeros outros revolucionários, negros, que lutavam apenas por igualdade, foram trancafiados juntos ao seu líder na prisão da ilha, onde tinham que viver em condições sub-humanas, sendo submetidos a trabalhos forçados, celas minúsculas e alimentação precária. E, dentro do próprio presídio, a segregação também era vigente, de modo que negros tinham menos direitos e eram submetidos a maiores sofrimentos.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Conhecendo o centro de Cape Town

O centro de Cape Town possui algumas atrações que merecem ser visitas por aqueles que querem conhecer um pouco mais da história da cidade e do país, incluindo museus e uma fortaleza, além de praças públicas e mercados locais. E foi este o passeio que escolhemos para a manhã do nosso terceiro dia na Cidade do Cabo.

Passeando pelo centro de Cape Town
Estávamos hospedados no próprio centro, próximo a estas estações e, portanto, não precisamos do carro desta vez. Apenas saímos caminhando a partir do nosso hotel em direção às principais atrações, seguindo a seguinte ordem:

1. Castle of Good Hope
2. District Six Museum
3. Company´s Garden
4. Greenmarket Square
5. Long Street

Havíamos ainda incluído, por último, o bairro malaio Bo-Kaap para conhecer suas famosas casas coloridas uma ao lado da outra. Mas, infelizmente, não conseguimos tempo suficiente (já que tínhamos que pegar o barco para a Robben Island com hora marcada - odeio horários marcados para chegar nas atrações) e tivemos que cortar do roteiro.

Castle of Good Hope


Este edifício nada mais é do que uma fortaleza ou um forte de cinco pontas, muito parecido com os que temos no Brasil, de modo que sua arquitetura em si não é nenhuma novidade para os turistas brasileiros.

Construído em 1666 pelos holandeses, o local representa a mais antiga construção ainda de pé na África do Sul e, portanto, tem grande valor histórico para o país, tendo sido palco de importantes eventos políticos e militares ao longo dos séculos. Mas espera aí! Como assim "construído pelos holandeses"? Não foram os ingleses a colonizarem a região?

domingo, 11 de junho de 2017

O por de sol em Signal Hill: um dos maiores espetáculos de Cape Town

Dez a cada dez turistas concordam em um ponto sobre Cape Town: o por do sol de lá é sensacional. E se tem um local recomendado (e bem disputado) para se assistir a este espetáculo diário na cidade ele se chama Signal Hill, uma colina localizada ao lado da Lion´s Head e bem próxima dos principais pontos da cidade. É para o topo desta colina que muitos se dirigem no final do dia para assistir ao sol desaparecendo na linha do horizonte entre o Atlântico e o céu sul-africano.

E foi exatamente este o nosso programa no final do nosso segundo dia em Cape Town.

Por do sol visto do topo da Signal Hill


Como chegar ao topo da Signal Hill

Se você fizer como nós e alugar um carro, não terá dificuldade em acessar o topo da colina. A localização é bem central e há acesso tanto para quem estiver partindo de Camps Bay quanto para quem estiver no centro da cidade. Seja de qual direção você estiver vindo, em algum momento, as estradas vão confluir e o caminho até o topo se tornará único. A estrada tem mão dupla e, como percorre a encosta de uma colina, é, obviamente, cheia de curvas e margeada por um precipício. Mas não tenha medo. Dá para dirigir por ela sem maiores problemas.

sábado, 10 de junho de 2017

As praias de Cape Town: Dolphin Beach, Green Point e Sea Point

No nosso primeiro dia em Cape Town, havíamos conhecido duas das suas principais praias: Camps Bay e Clifton Beach. No nosso segundo dia, fomos a Sea Point e Green Point (localizadas entre as praias citadas anteriormente e o V&A Waterfront), além de dirigir até as praias localizadas mais ao norte da cidade.

As praias do norte


Seguimos de carro, após a nossa visita ao jardim botânico de Cape Town, para o norte da cidade, com objetivo de conhecer uma das praias desta área mais afastada do centro. Mas qual era, exatamente, o nosso objetivo, já que estas praias não são tão populares entre os turistas? Na verdade, o que mais queríamos era ter a acesso à vista privilegiada da Table Mountain que se tem a partir destas praias. A imponente montanha pode ser vista de longe ao mesmo tempo em que você pode aproveitar a fina e branca faixa de areia banhada pelo lindo mar azulado da África do Sul.

No caminho, já foi possível perceber que aquela era uma área privilegiada da cidade, com inúmeros condomínios caros à beira-mar. Escolhemos a Dolphin Beach para parar o nosso carro (foi mesmo uma escolha aleatória). A orla toda parece ter estacionamento público e não tivemos nenhuma dificuldade para achar uma vaga. Provavelmente, por ser dia de semana, a praia estava bem vazia.

Infelizmente, naquele dia, mesmo com céu limpo e ensolarado, havia uma espécie de névoa deixando as paisagens do horizonte com um aspecto esfumaçado, de modo que não foi possível apreciar a Table Mountain com toda a nitidez que queríamos.

A Table Mountain "esfumaçada" no horizonte

domingo, 4 de junho de 2017

Visitando o Kirstenbosch Garden, o jardim botânico de Cape Town

Com mais de 500 hectares e localizado aos pés da Table Mountain, o Kirstenbosch National Botanical Garden é um dos principais jardins botânicos da África do Sul e tem como objetivo cuidar e preservar a rica flora do país africano. E, como todo jardim botânico ao redor do mundo, encanta pela biodiversidade e pela natureza. Mas com um diferencial: parte da cadeia de montanhas da Table Mountain adornando o seu entorno.

Kirstenbosch National Botanical Garden


Kirstenbosch National Botanical Garden

Para conhecer o jardim, nós reservamos um turno do nosso dia. Até porque, diferente das outras principais atrações turísticas da cidade, ele se encontra em um local bem mais afastado do centro. Como acabamos resolvendo alugar um carro, não tivemos dificuldade, mas se este não for o seu caso, sobram duas alternativas: táxi (ou Uber) e o ônibus turístico Hop On Hop Off (linha azul), que passa no local a cada 20 minutos no verão (sendo o primeiro às 9:50h e o último às 16:20). No inverno, o intervalo desses ônibus passa a ser a cada 35 minutos. Em relação ao MyCiti, a rede pública de ônibus da cidade, não há parada próxima ao jardim.

sábado, 3 de junho de 2017

V&A Waterfront, uma das áreas públicas mais agradáveis de Cape Town

O Victoria & Alfred (V&A) Waterfront corresponde a um complexo urbano ao ar livre situado em um antigo cais de Cape Town e, assim, de frente para o mar. Restaurantes, cafés e lojas (incluindo um dos principais shoppings da cidade: o Victoria Wharf) dividem o espaço com inúmeras atrações, como um Aquário (o Two Oceans Aquarium), uma roda-gigante e alguns museus (como o do diamante e o de arte contemporânea). Tudo isso com a exuberante Table Mountain as suas costas, complementando a paisagem.

V&A Waterfront victo do mar em um final de tarde (foto tirada do barco no nosso retorno da Robben Island)

Com tudo isso, não foi nenhuma surpresa constatar que a área é uma das mais populares e visitadas da cidade. E logo se tornou um dos nossos locais preferidos em Cape Town. Na verdade, seguimos direto para lá, após visitar Clifton Beach, com o objetivo de comprar o ingresso para visitar a Robben Island (é também no Waterfront que se localiza a bilheteria e o cais de onde partem os barcos para a ilha) e, então, seguir direto para o nosso hotel, já que aquela altura não havíamos realizado ainda o nosso check-in. Mas gostamos tanto da atmosfera do lugar que decidimos ficar por lá mesmo, curtindo o fim daquele primeiro incrível dia na cidade.

O melhor do Waterfront, na nossa opinião, é andar ao ar livre entre suas lojas e restaurantes, admirando a bonita arquitetura dos seus prédios, entrando e saindo das inúmeras lojas de souvenir espalhadas pelo complexo, parando para admirar as apresentações de grupos musicais tipicamente africanos e escolhendo um bom café ou restaurante.