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sábado, 15 de julho de 2017

Visitando o Tsitsikamma National Park

Este parque de nome esquisito corresponde a uma das principais reservas naturais localizadas ao longo da Garden Route sul-africana e, junto com outras reservas da região, como o Wilderness National Park, forma o Garden Route National Park. Como grande destaque do parque, tem-se os 80 Km de costa litorânea que separa o Oceano Índico da densa e diversificada vegetação que abriga diversas espécies de animais. 

O Tsitsikamma National Park

Dá para imaginar, portanto, que o Tsitsikamma National Park não apenas permite vistas e paisagens deslumbrantes, como também permite um intenso contato com a natureza selvagem, além de ser um local ideal para quem curte esportes radicais. A famosa Bloukrans Bridge, por exemplo, onde funciona o mais alto bungee jumping de ponte do mundo, localiza-se bem próximo à reserva natural.

Áreas de camping estão disponíveis aos visitantes que optarem por permanecer mais dias curtindo a natureza do parque. Inúmeras trilhas estão disponíveis, podendo ser realizadas através de caminhadas que permitem vistas estratégicas da região e o contato com cachoeiras, além de existirem a opção de cavalgadas ou de seguir de 4x4 pelo parque (terminando, neste caso, em um passeio pelas dunas de uma das praias do local).

O Storms River, por sua vez, corta o Tsitsikamma National Park, permitindo a realização de esportes aquáticos de aventura. Na verdade, o rio deságua no Oceano Índico exatamente dentro do parque e a área em torno do chamado Storms River Mouth corresponde a uma das mais populares entre os turistas.


Para informações mais detalhadas a respeito das inúmeras atividades disponíveis dentro do Tsitsikamma National Park, indicamos o website oficial da atração.

Como chegar ao Tsitsikamma National Park


Sem dúvidas, a melhor forma é dirigindo um carro alugado até lá. O parque fica a cerca de 80 Km da cidade de Knysna e a cerca de 60 Km de Plettenberg Bay, de modo que estas duas cidades funcionam bem como base para quem quiser seguir até o parque.

Como base para a nossa permanência na Garden Route, havíamos escolhido a cidade de Knysna, para a qual havíamos seguido após a nossa passagem pelo Game Reserve Garden Route (onde vivemos a experiência de um pequeno safári). Chegamos em Knysna no horário do almoço e, após conhecer o Waterfront da cidade e fazer o check-in no nosso hotel, continuamos pela estrada em direção ao Tsitsikamma National Park.

A estrada até lá é muita boa e repleta de belas paisagens e várias atrações pelo caminho (o que não falta são santuários de animais, como elefantes e felinos, por exemplo). Infelizmente, o dia estava bastante nublado e, por isso, quase chegamos a desistir de visitar o parque. Como só teríamos aquele dia, no entanto, resolvemos continuar o percurso.

Já chegando ao parque, nos deparamos com o único pedágio que vimos no trecho da Garden Route que percorremos (já falei sobre o pedágio em outro post). E, logo após o pedágio, praticamente às portas do Tsitsikamma, encontramos a Bloukrans Bridge.

Como visitar a Bloukrans Bridge

Se você curte adrenalina e estiver passando pelo Tsitsikamma, terá que parar na Bloukrans Bridge. Isto porque é lá que funciona o mais alto bungee jumping do mundo, a 216 metros de altura, operado pela Face Adrenalin.

Bloukrans Bridge



A ponte foi construída sobre um grande precipício acima do Bloukrans River e faz parte da própria rodovia N2. Portanto, você passará por ela de qualquer forma. Assim que você chega nela, no entanto, não verá nada (nós até nos questionamos se estávamos na ponte certa). Na verdade, o salto é realizado abaixo da ponte e toda a estrutura fica à esquerda da estrada (de quem vai de Knysna para o Tsitsikamma). Para acessar a área, você deve atravessar toda a ponte e, então, verá uma placa sinalizando a entrada que terá que pegar.

Placa indicando o acesso à estrutura que permite o salto por baixo da ponte


Após um curto caminho, passando por algumas cabanas de madeira que permitem hospedagem nas montanhas, a gente chega a área administrada pela Face Adrenalin e que conta, além da bilheteria, com restaurante, banheiro e um mirante para que os visitantes possam assistir aos saltos. Dentro do restaurante, há também uma TV transmitindo ao vivo o salto dos corajosos.







Mirante para ver os saltos


TV mostrando os saltos ao vivo

Nós somos bem medrosos e nada radicais. Temos muito medo de altura e, portanto, só paramos ali pela curiosidade mesmo. Nem consideramos fazer o salto. Só de olhar os outros saltarem já ficamos tensos.

Os saltos funcionam das 9 às 17 horas e custa 950 rands. Pode ser agendado previamente no site oficial da atração.

Confesso que não nos vemos realizando este salto jamais. E, após alguns minutos assistindo aos outros saltarem não ficamos mais com nenhuma dúvida em relação a isso. Somo medrosos mesmo!!




Conhecendo o Storms River Mouth

Como o Tsitsikamma é muito grande, tivemos que escolher apenas uma atração do local para conhecer naquela tarde. Optamos pelo Storms River Mouth, onde o Storms River encontra o Oceano Índico que, além de ter belas paisagens, ainda conta com a curiosa Trilha das Pontes Suspensas, trilha que foi a escolhida por nós neste curto período dentro do parque.

Saímos da Bloukrans Bridge direto para lá. A estrada é bem sinalizada e há uma placa indicando o ponto exato em que você deixa a rodovia pegando uma estrada acessória que te leva até o local. Não foi difícil encontrar o ponto em que se entra com o carro na área em torno do Storms River Mouth. 

Placa indicando o acesso ao Storms River Mouth


Na verdade, você deve parar em uma cancela e pagar uma taxa para seguir em frente. O valor era de 90 rands e já sabíamos disto previamente. Mas estávamos com sorte naquele dia. Devido a uma obra que estava sendo realizada nesta área de acesso, o sistema de cobrança havia sido finalizado mais cedo e os funcionários estavam deixando os visitantes passarem de graça. Economia é sempre bem vinda em uma viagem, não é mesmo?

Local de acesso ao Storms River Mouth (em reforma). Aqui, deve ser feito o pagamento para a sua passagem ser liberada.


Vale lembrar que o acesso à reserva em torno do Storms River Mouth fecha às 18 horas, embora seja permitido ficar por lá até às 21 horas. Exceto para quem estiver acampando no local.

Passamos, então, pela entrada e dirigimos um pouco até chegar na costa, seguindo, então, paralelo ao mar e passando pela área de camping (que estava bem lorada, por sinal). No final da estrada, encontramos o estacionamento. Não há erro, pois não há desvios ou outras estradas disponíveis.

Você pode ficar hospedado nestas cabanas...


Ou ficar em barracas mesmo


Próximo ao estacionamento, há uma loja de souvenirs e uma pequena lanchonete. É possível comprar água e alguns lanches, o que pode ser importante dependendo da trilha que você for seguir. Há também banheiro público no local e alguns mirantes em volta para quem quiser ficar apreciando a paisagem.

Infelizmente, o dia continuava nublado, mas isso não reduziu a beleza do lugar. As montanhas verdes encontrando as ondas do Índico formam um belo visual.






























E adivinha quem encontramos por ali sobre as rochas da praia, antes mesmo de iniciar a nossa trilha? os simpáticos dassies, aqueles animais fofos que passaram a viagem aparecendo para nós, seja na Table Mountain, em Blouders Beach ou em Hermanus.

As dassies também estão por Tsitsikamma







Primeiras fotos tiradas, era hora de iniciar a Trilha das Pontes Suspensas. Na verdade, esta é uma trilha bem simples, correspondendo a apenas 1Km de caminhada até chegar ao local em que o Storms River encontra o mar. Neste local, foram colocadas pontes de madeira atravessando o rio (são três ao todo) que dão o nome da trilha.

Para chegar até as pontes, você vai seguindo pelo meio da mata. Há uma leve subida, mas nada que chegue a cansar muito. No caminho, encontramos um grupo de pessoas que retornava de um passeio de caiaque pelo Storms Rivers. Todos encharcados e com cara de quem tinha amado a aventura.

A trilha até a ponte é toda estruturada com este piso de madeira, o que facilita bastante


Seguindo pela trilha




O visual durante a trilha

E, ao final, você avista as pontes suspensas do alto

Ao chegar às pontes, você pode sentir um pouco de medo se não for adepto a alturas. Eu, particularmente, não tive esse medo, mesmo tendo pavor à altura. Achei, na verdade, bem divertido percorrer as pontes. Não precisa dizer que é proibido correr ou pular nelas, não é mesmo?




































O visual em torno da trilha e das pontes é muito bonito. E deve ficar ainda mais fantástico em um dia ensolarado. O rio encontrando o mar, as montanhas ao redor, você ali no meio de uma ponte sobre o rio, tudo contribui para uma ótima experiência.










O rio encontrando o mar




A partir das pontes, você pode continuar por outras trilhas, mas nós tínhamos que retornar, até porque não era nosso objetivo passar muito tempo por ali. Para quem quiser conhecer o parque com mais detalhes, aconselho acampar no seu interior. Acho que três dias (ou até mais) deve ser suficiente para vivenciar melhor tudo que o parque tem a oferecer.

Retornamos de lá pelo mesmo caminho da ida. Não teve erro. E logo estávamos de volta à Garden Route, dirigindo em direção a Knysna, a cidade que exploraríamos melhor no dia seguinte.



OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.


2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

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