Chora (ou simplesmente Mikonos) é a principal cidade (ou seria vilarejo?) da famosa ilha cíclade grega. E você provavelmente já deve ter visto alguma foto mostrando as ruas estreitas e sinuosas que separam as charmosas e típicas casas brancas de primeiro andar, com suas portas e janelas, em sua maioria, pintadas de azul. Se viu, já deve ter se imaginando caminhando pelo local, escolhendo alguma taverna grega para almoçar por ali (de preferência de frente para o Mar Egeu) e se fotografando sentado na escadaria de alguma daquelas casinhas. Sem dúvida, uma vez estando em Mykonos, você fará tudo isso. Afinal, Chora é a grande atração da ilha.
|
Chora, a capital de Mykonos |
|
Queria morar aqui... |
Chegamos a Mykonos. vindos de avião diretamente de Atenas (na verdade, já contamos como foi nossa chegada e demos dicas de outras formas de se chegar à ilha no post em que fornecemos algumas
dicas práticas sobre Mykonos). Estávamos no início da manhã e, após deixar nossas coisas no hotel, saímos em direção ao delicioso centro de Chora.
|
As igrejas branquinhas com teto azul, características das ilhas cíclades. |
No entanto, antes de começar a explorar suas labirínticas ruas, resolvemos fazer um desvio para conhecer os icônicos moinhos de Mykonos. Afinal, estávamos na "Ilha dos Ventos" e os gregos antigos souberam muito bem utilizar-se desta características para movimentar a economia, construindo moinhos que eram, no século XVI, utilizados para a produção local de farinha.
Mas antes de chegarmos aos moinhos, algumas muitas pausas para fotos, claro:
Atualmente, sete dos antigos moinhos estão preservados e, juntos, correspondem aos moradores mais famosos da ilha. Todo turista acaba visitando-os seja no início do dia, quando a área em volta deles se encontra mais tranquila, seja ao final do dia, quando muitos turistas resolvem seguir para lá com o objetivo de assistir ao por do sol tendo os moinhos como companhia.
|
Os ilustres moinhos de vento de Mykonos |
Localizados em uma pequena colina no sul de Chora, os moinhos são facilmente encontrados, uma vez que podem ser vistos de vários pontos da orla da cidade. E, tranquilamente, acessados a pé. Afinal, o centro de Chora, onde o turista, inevitavelmente, se encontrará em algum momento, é pequeno e bem próximo aos moinhos.
|
A seta vermelha mostra a localização dos moinhos no sul de Chora |
|
Um pouco de Chora vista da colina onde se encontram os moinhos |
A grande vantagem de se visitar os moinhos no início da manhã foi a pouca quantidade de turistas por ali naquele horário. No entanto, acabamos não ficando tanto tempo admirando as seculares construções em decorrência do quase insuportável vento (usar um "quase" nesta frase é boa vontade minha) que resolveu assolar a ilha naquele dia (e que já havia nos dado uma nada agradável boas-vindas durante o pouso do nosso avião em Mykonos).
Também da colina onde ficam os moinhos, é possível apreciar outra atração de Chora: a Little Venice, que recebe este nome devido ao contato direto das suas construções com o mar. O local tem restaurantes e bares com vista para o Egeu que acabam sendo também uma ótima opção para se apreciar o por do sol ao final da tarde.
|
Little Venice |
Após tirarmos algumas fotos e fugirmos da ventania, entramos, então, nas ruas de Chora, saindo da área aberta e nos protegendo, assim, do vento. Hora de explorar, fotografar e se encantar por cada cantinho da cidade. E não tem mesmo como não se encantar. Quando você menos percebe, já está subindo as escadas das casas alheias para tirar fotos, enquanto se imagina morando em uma daquelas residências.
Ao longo do caminho, você vai percebendo que nem todas as portas são pintadas de azul, embora esta seja a cor predominante. Vai se dando conta também de que você está em um labirinto. Do nada, você percebe que está perdido, não sabe mais de que lado veio e, quando menos espera, nota que andou em círculos. Mas nada disso é problema. Muito pelo contrário: faz parte do charme da pequena cidade. E, assim, perdendo-se em Chora, você também se permite perder-se dos seus problemas.
|
E lá fomos nós explorar as estreitas e labirínticas ruas de Mykonos |
Logo você perceberá também que Chora está repleta de lojas. E não apenas lojas de souvenirs. Há também muitas joalherias (se você é consumista, cuidado com o seu cartão de crédito) e lojas de roupas (muitas vendendo roupas e artigos de praia, claro). Há também inúmeros cafés e restaurantes, para todos os gostos, incluindo as deliciosas tavernas gregas.
|
As ruas são estreitas, mas sempre há espaço para uma mesinha ao ar livre |
Àquela hora da manhã, a maioria das lojas estavam, ainda, abrindo e o movimento de turistas estava bem baixo, o que nos permitiu explorar tudo com bem mais calma. Acredito que, em algumas ruas, passamos umas três vezes.
Já no final da manhã, a fome apertou e cuidamos logo de escolher um restaurante. E, assim, sem ter lido nenhuma recomendação na internet, acabamos escolhendo um que estava ali perto de nós, o Fato a mano, que acabou se tornando o melhor restaurante da nossa viagem pela Grécia. Não apenas pela excelente Moussaka que experimentamos por lá, mas também pelo excelente atendimento e simpatia dos funcionários (e eles ainda servem uma sobremesa de graça). Recomendamos demais o Fato a mano.
|
O Fato a mano |
|
A deliciosa Moussaka grega, uma espécie de lasanha à base de beringela |
Após o almoço, resolvemos seguir até a orla de Chora. Há uma típica igreja grega às margens do mar. Mas o vento continuava insuportável sempre que saíamos da proteção das ruas e acabamos ficando pouco tempo pela orla.
|
O antigo porto de Mykonos, de onde ainda saem barcos menores |
|
Igreja ortodoxa grega |
Resolvemos, então, pegar o ônibus para visitar duas praias da ilha naquela tarde (o que será assunto para outra postagem). E, na volta, já ao final dia, continuamos nosso passeio por Chora. Suas ruas estavam bem mais lotadas àquela hora (ficamos imaginando como deveria ser na alta temporada). Como a fome já estava batendo novamente, resolvemos experimentar algo bem popular entre os gregos: espetinho de frango ou souvlaki, como eles chamam por lá. Eles levam a sério a iguaria na Grécia, existindo, inclusive, restaurantes especializados no seu preparo. E, realmente, são muito bons.
Com o estômago, novamente, cheio e já no horário do por do sol (já após as 20 horas), resolvemos tentar voltar para a orla, de onde seria possível assistir ao ocaso. Mas, realmente, estava impossível competir com o vendo naquele dia. Não havia a menor possibilidade de ficar ali parado contra aquela ventania. Mykonos fazia questão de fazer a gente entender o porquê de ser chamada de "Ilha dos Ventos".
No retorno para o nosso hotel, no entanto, enquanto subíamos a ladeira até ele, acabamos tendo um vislumbre do sol mergulhando no Egeu. Uma ótima forma de terminar um dia tão agradável pela charmosa Mykonos.
|
Por do sol em Mykonos |
O bom de dormirmos na ilha foi conhecer tudo com calma, sem pressa, ao contrário dos muitos turistas que chegavam de cruzeiro ao longo do dia e que tinham apenas algumas horas para explorar Chora. Também foi um passeio bem econômico, já que, em Mykonos, a maior atração é a própria ilha e o seu gasto acaba se limitando à sua alimentação (a não ser que você resolva gastar em alguma loja da Swarovski que tem por lá).
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
Nenhum comentário:
Postar um comentário