Após nossa visita à Biblioteca de Adriano e à Ágora Romana, nosso segundo dia em Atenas ainda tinha muita atração para ser vista pela frente, entre elas: o Monte Filopappou, o Museu da Acrópole, a Academia de Atenas, o Monte Lykabettus e o Liceu de Aristóteles. Claro que tudo isto intercalado ainda com o sempre agradável bairro de Plaka, estrategicamente localizado entre todas estas atrações.
Neste post, falarei sobre cada uma das atrações citadas, exceto sobre o Museu da Acrópole, ao qual dedicarei um post específico em conjunto com o Museu de Arqueologia de Atenas.
Subindo o Monte Filopappou
Também conhecido como Colina das Musas, o monte acabou recebendo também o nome de Filopappou (ou Filopapo ou Filopappos - já vi diferentes grafias para o mesmo nome), em decorrência do mausoléu em forma de monumento construído no seu topo, durante o século II d.C., em homenagem a Caio Júlio Filopapo, proeminente príncipe grego que viveu em Atenas durante lo Império Romano sobre a cidade.
Mas o grande atrativo do monte não é o monumento no seu cume, mas sim a excelente vista que se tem da cidade lá do alto. Com destaque para a excelente perspectiva com que o turista pode ver a Acrópole à medida que sobe o caminho demarcado entre a base e o Monumento a Filopapo.
Acrópole vista do Monte Filopappou durante a nossa subida |
Muitos visitantes, inclusive, consideram a vista do alto do Monte Filopappou, a melhor de Atenas. Afinal, você consegue ver a Acrópole bem próxima, assim como o mar do lado oposto. Inúmeros turistas, aliás, escolhem o final do dia para fazer a subida, aproveitando, assim, o horário para assistir ao por do sol lá do alto.
Infelizmente, o tempo em Atenas não nos permitiu ver o sol nenhuma única vez, de forma que acabamos antecipando a subida ao monte para a manhã (a previsão do tempo já havia nos indicado que o céu permaneceria nublado ainda por alguns dias).
Monumento a Filopapo no topo do monte |
Acrópole, com destaque para o Partenon, vista do topo do Monte Filopappou |
Aquele monte por trás da Acrópole é o Lykabettus, que visitaríamos ainda naquele dia |
A vista do outro lado do topo do monte deveria nos proporcionar a visão do Mar Egeu em contraste ao azul do céu. Mas tudo que víamos mesmo era o cinza de mais um dia nublado na capital grega. |
Como o monte se localiza de frente para a Acrópole, basta seguir o mesmo caminho até o local de acesso à mesma para poder chegar à base da colina. A estação de metrô mais próxima é a Akropoli, abastecida pela linha M2.
A subida é super tranquila, uma vez que é pouco íngreme e não há a necessidade de nenhum preparo físico a mais. Uma estreita estrada de pedras vai da base até o topo. Não é preciso pagar nada para fazer a subida.
O caminho que leva ao topo do Monte Filopappou |
Durante o nosso caminho, fizemos apenas um desvio ao sermos chamado à atenção por uma placa que indicava: Prisão de Sócrates. Pelo que entendi, ao ser descoberta, a estreita e pequena caverna que funcionou como prisão na antiguidade foi considerada ter sido o local de cárcere de um dos mais célebres filósofos gregos. Se foi mesmo, não faço ideia.
A Prisão de Sócrates |
Após a nossa visita ao monte, fomos direto ao Museu da Acrópole, considerando a proximidade entre as duas atrações. Mas, como já falei, darei mais detalhes sobre este incrível museu em outra postagem.
Uma vez conhecido o museu, era hora do almoço. Pausa, claro, em Plaka, para provar, mais uma vez, da deliciosa comida grega.
Retornando a Plaka, localizada ao lado do Museu da Acrópole |
O que não falta em Plaka são restaurantes com mesas nas calçadas |
Conhecendo a Academia de Atenas
Após o almoço, era hora de seguir caminhando até um dos prédios que consideramos um dos mais bonitos da capital grega: a Academia de Atenas. Construída durante a década de vinte, o local corresponde a um dos mais importantes ambientes universitários da cidade e do país.
A Academia de Atenas |
Obviamente, a sua construção foi uma referência às famosas academias criadas por Sócrates e Platão, que criaram a base do que, hoje, conhecemos como universidade. Não à toa, as estátuas dos dois filósofos ganharam destaque de cada lado da escadaria da Academia de Atenas.
As estátuas de Sócrates e Platão |
Destaca-se também no prédio, a sua arquitetura helenística em homenagem aos tempos áureos da Grécia Clássica. Suas típicas colunas gregas e a fila de esculturas que acompanham o formato triangular do seu topo, são uma clara referência à forma de se construir prédios de destaque na Grécia Antiga.
Apreciando os detalhes da Academia de Atenas |
E, obviamente, a mitologia grega não ficaria de fora desta incrível fachada. Apolo e Atena, dois dos mais proeminentes deuses do Olimpo, ganharam, cada um, uma estátua acima de um pedestal posicionados de cada lado do edifício.
A estátua de Atena |
A estátua de Apolo |
A visita, no entanto, se limita à sua fachada, vista a partir da Avenida Omonoia. Para chegar até lá, você pode ir caminhando a partir da Praça Sintagma. São apenas 550 metros de distância. Lembre-se que esta praça possui uma estação de metrô, por onde passam as linhas M2 e M3.
Mapa mostrando o caminho entre a Praça Sintagma e a Academia de Atenas |
Exatamente do lado direito da Academia de Atenas, encontra-se outro prédio pertencente à Universidade de Atenas. E, ao lado deste, a bela Biblioteca Nacional de Atenas.
A Deanery University of Athens |
A Biblioteca Nacional de Atenas |
Subindo o Monte Lykabettus
A partir da Academia de Atenas, resolvemos seguir caminhando até o Monte Lykabettus (veja a distância no mapa abaixo). Na verdade, nossa caminhada foi até a estação do teleférico que leva até o topo do monte, pois, embora você possa subir a pé, a subida não é tão simples como a do Monte Filopappou. Até porque o Likabettus é bem mais alto.
Mapa mostrando o caminho que fizemos entre a Academia de Atenas e a estação do teleférico do Monte Likabettus |
Pelo mapa acima, você percebe que a nossa caminhada foi de pouco mais de 1 Km. Parece pouco, mas há de se destacar que este não é um trecho plano. Na verdade, ele é, em sua maior parte, composto por ladeiras, já que a estação do teleférico se localiza já em um ponto mais alto. Se não quiser encarar a subida, você pode seguir de táxi, uma vez que não há uma estação de metrô tão próxima.
A subida vai passando pelo bairro residencial localizado na base do monte, conhecido como Kolonaki, um dos mais ricos de Atenas. E esta característica vai sendo logo percebida pelo padrão das casas e prédios e pelas lojas de marcas caras que vamos encontrando no caminho.
Subindo pelo rico Kolonaki |
Chegando, enfim, ao Teleferik Cable Car Station (já bem cansados por sinal), aproveitamos para descansar enquanto aguardávamos a saída do teleférico. A estação, na verdade, corresponde a uma loja de souvenirs, em cujo caixa devemos comprar a passagem. Esta custa 7,50 euros ida-e-volta. Você, obviamente, pode escolher fazer um ou os dois trechos a pé.
A estação do teleférico do Monte Likabettus |
O teleférico |
No topo do monte, há um restaurante com vista para a cidade e uma pequena igreja ortodoxa grega. Mas é o mirante, a principal atração entre os turistas. Do topo do Monte Likabettus, se tem a mais alta vista da cidade de Atenas. Pena que o dia continuava nublado, atrapalhando a visibilidade.
Igreja Ortodoxa Grega no topo do Monte Likabettus |
A área verde no centro da foto corresponde ao Parque Nacional de Atenas |
A Acrópole de Atenas pode ser vista no canto da foto |
O mar deveria estar sendo visto por trás da acrópole, mas... |
Parte da trilha toda demarcada e pavimentada que vai do topo à base do Monte Likabettus |
Conhecendo o Liceu de Aristótoles
Após descer do Monte Likabettus, como ainda tínhamos muito tempo de sol, resolvemos seguir caminhando até uma das atrações arqueológicas contidas no ticket combinado que não pretendíamos visitar. Como a entrada já estava inclusa e tínhamos tempo, por que não ir até la?
Na verdade, o Liceu de Aristótoles é uma espécie de praça de escavações arqueológicas. Você não vai encontrar lá nenhuma coluna antiga, nenhuma ruína de templo, nenhum resto de uma estátua, mas apenas escavações. E, portanto, é o único sítio arqueológico que conhecemos na cidade que consideramos dispensável.
O Liceu de Aristóteles |
Considerada uma das principais academias da antiguidade, o local foi foco da busca de arqueólogos por anos, sem sucesso. Até que, na década de noventa, durante o início da obra para se construir um museu, o local foi encontrado. A obra foi, então, abortada e a área se transformou em sítio de escavação arqueológica, sendo aberta ao público em 2014.
À noite, daquele segundo dia, retornamos à área da Acrópole para poder apreciar a principal atração de Atenas iluminada a partir do topo da Colina Aeropagus. Mas já falei sobre isto no post em que detalho a nossa visita à Acrópole de Atenas.
Terminávamos o segundo dia na capital grega bem cansados, com mais um excelente jantar no bairro de Plaka, enquanto ansiávamos pelo dia seguinte quando voaríamos rumo a Istambul. Mas calma: Atenas ainda não acabou...
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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