O nosso segundo dia em Istambul foi bem intenso, envolvendo várias atrações da cidade. Neste post, vou falar sobre as demais atrações localizadas no bairro de Eminonu que podem ser visitadas juntamente aos dois principais ícones da cidade, a Mesquita Azul e a Hagia Sophia, por se localizarem próximas.
As atrações são: o Palácio Topkapi, o Grande Bazar e a Ponte Gálata.
Como visitar o Palácio Topkapi
Construído no século XV para servir de moradia para os sultões da antiga Constantinopla, o Palácio Topkapi funciona, atualmente, como um museu que expõe, além da sua própria arquitetura, relíquias do antigo Império Otomano, assim como referências à história do mundo islâmico, muitas delas relacionadas ao profeta Maomé.
O Palácio Topkapi |
Na verdade, o melhor desta visita, na nossa opinião, foi entender um pouco mais da cultura muçulmana e sobre a base que culminou com o surgimento do temido Estado Islâmico que amedronta o mundo ocidental. Afinal, esta facção do islamismo que pratica ataques terroristas não constitui e muito menos representa a grande maioria dos muçulmanos.
O Palácio Topkapi, assim como qualquer palácio que se preze, é contornado por uma muralha e possui, uma vez dentro dos seus portões, uma grande área verde, com muitas árvores e flores (pelo menos no final da primavera).
Podemos dividir a visita ao palácio em três partes, precisando adquirir um ticket separado para conhecer cada uma delas:
1. O museu: o ticket custa 40 TL (permite a visita combinada a Hagia Irene, uma igreja localizada no palácio)
2. A Hagia Irene: o ticket para conhecer apenas a igreja custa 20 TL (não dá direito à visita ao museu)
3. O Harem: o ticket custa 25 TL (não permite o acesso nem ao museu nem a Hagia Irene)
Ou seja, se você quiser conhecer tudo basta comprar o ticket do museu e o ticket do Harem, totalizando 65 TL. Como achei muito caro, acabei optando por visitar apenas o museu. E, infelizmente, me confundi no dia e achei que não poderia visitar a Hagia Irene com o ingresso do museu e acabei não a conhecendo também.
Iniciando a visita ao museu no Palácio Topkapi |
O próprio prédio já é uma relíquia à parte |
No mapa abaixo, mostramos a localização do Palácio Topkapi:
Para acessar as muralhas do palácio, você poderá seguir para a lateral esquerda da Hagia Sophia, onde você encontrará um portão de entrada (o Imperial Gate). Este é o acesso mais recomendado para quem estiver já na Praça Sultanahmet. Após a revista na entrada, você estará no primeiro pátio do palácio e passará pela Hagia Irene, seguindo sempre em frente em direção a outro portão do palácio, o Babusselam Gate, que dá passagem ao segundo pátio.
O mapa mostra, circulado em vermelho, o local da muralha, ao lado da Hagia Sophia, que dá acesso ao primeiro pátio do Palácio Topkapi |
O Imperial Gate, que dá acesso ao primeiro pátio do Palácio Topkapi |
O Babusselam Gate, que dá acesso ao segundo pátio do Palácio Topkapi |
A Hagia Irene, localizada no primeiro pátio do Palácio Topkapi |
Nós acessamos o Imperial Gate no nosso primeiro dia em Istambul, já que o confundimos com a entrada da Hagia Sophia. Já na manhã do dia seguinte, quando, de fato, fomos visitar a atração, entramos no primeiro pátio pela lateral do palácio, que ficava mais próxima do nosso hotel. As fotos abaixo mostram o caminho que percorremos até o Babusselam Gate.
O mapa mostra por onde acessamos o primeiro pátio do Palácio Topkapi já em direção ao Babusselam Gate (circulado em vermelho). Partimos da rua Alemdar Cd. e fomos seguindo até o portão. |
Na Alemdar Cd., atravessamos este muro |
Logo chegamos ao primeiro e arborizado pátio do palácio |
E avistamos o Babusselam Gate |
O Palácio Topkapi abre das 9 às 16:45h de 30 de outubro a 15 de abril (última admissão às 16h) e das 9 às 18:45h de 15 de abril a 30 de outubro (última admissão às 18h). Mas recomendamos checar os horários no site oficial da atração, pois eles mudam em feriados religiosos. O palácio não abre às terças.
Após a nossa visita ao palácio, que foi o primeiro passeio daquele nosso segundo dia em Istambul, nós seguimos para a Praça Sultanahmet. Afinal, ela estava ali pertinho e, embora já tivéssemos a conhecido no dia anterior, não resistimos a dar uma segunda passeada por lá.
Da praça, seguimos para conhecer mais um famoso ponto turístico da cidade: o Grande Bazar.
Conhecendo o Grande Bazar
Para quem curte conhecer mercados nas cidades que visita, o Grande Bazar de Istambul é um prato cheio. Grande, todo coberto e mais limpo do que imaginava, o principal mercado da cidade tem uma variedade impressionante de produtos à venda, de doces a tapetes, de souvenirs a especiarias, de artigos religiosos a vasos decorativos.
Cerca de 1 Km separa a Praça Sultanahmet do grande Bazar, em uma caminhada de cerca de 15 minutos (veja o mapa abaixo).
Mapa mostrando o caminho da praça Sultanahmet até o Grande Bazar |
E o mercado possui quatro entradas, podendo-se entrar por um lado e sair por outro. No entanto, ele é enorme (fala-se que é um dos maiores mercados cobertos do mundo, possuindo mais de 50 ruas) e acabamos nos perdendo lá dentro. Quando achamos uma saída, não sabíamos nem mesmo se era o mesmo portão por onde havíamos entrado e muito menos onde iríamos sair do outro lado.
O tempo gasto no seu interior vai depender do quanto você curte caminhar por um mercado. Nós não passamos tanto tempo, pois, após meia hora, já estávamos entediados, confesso. Mas para quem ama um mercado, especialmente, um mais exótico como um mercado turco, pode passar, facilmente, um turno inteiro do dia por lá.
Acessando um dos portões que dá acesso ao Grande Bazar |
Já no interior do Grande Bazar |
Aqui abro um adendo para falar um pouco sobre outro famosos mercado de Istambul: o Mercado de Especiarias. Também localizado no bairro de Eminonu, ele se destaca, obviamente, pelas diferentes e exóticas especiarias que vende. Confesso que não tínhamos interesse em visitá-lo, mas, no nosso último dia na cidade, tivemos um pouco de tempo antes de seguir para o aeroporto e acabamos passando pelo mercado.
O mapa abaixo mostra a localização do mercado de Especiarias, que está bem próxima à Ponte Gálata, numa posição de fácil acesso.
O mapa mostra a localização do Mercado de Especiarias |
Atravessando a Ponte Gálata
Saindo do Grande Bazar, nós seguimos direto para a orla do bairro de Eminonu às margens do Corno de Ouro (uma ramificação do Estreito de Bósforo que divide a parte europeia de Istambul em duas).
Tínhamos dois objetivos: apreciar o outro lado do Corno de Ouro (onde se destaca a icônica Torre de Gálata) e atravessar a Ponte Gálata, que liga Eminonu ao bairro de Karakoy.
Apreciando o outro lado do Corno de Ouro a partir da orla de Eminonu, com destaque para a Torre de Gálata |
A Ponte Gálata |
O grande atrativo da Ponte Gálata não é nada relacionado à beleza, já que ela, neste aspecto, não tem nada demais. Na verdade, a ponte chama a atenção por outra característica: os inúmeros restaurantes que se localizam no seu andar de baixo. Muitos turistas acabam optando por almoçar ou jantar em um deles, com vista para o Bósforo.
A Ponte Gálata tem dois andares. No inferior, estão os restaurantes. No superior, há passagem para os pedestres e pra o tram, um dos principais transportes públicos de Istambul |
Restaurantes da Ponte Gálata |
O bairro de Karakoy visto da Ponte Gálata |
O bairro de Eminonu, com seu porto e uma mesquita (Rustem Pasha), visto da Ponte Gálata |
O Estreito de Bósforo visto a partir da Ponte Gálata |
Já no final da tarde, a ponte (e seus restaurantes) também fazem sucesso entre os turistas que querem apreciar o por do sol a partir dela.
Chegando do outro lado, passeamos um pouco por Karakoy, mas logo seguimos para outros dois bairros de Istambul que, embora mais afastados, valeu à pena conhecer: Ortakoy e Arnavutkoy. Valeu tanto que terão um post só para eles.
Passeando por Karakoy |
Avistando a Torre Gálata a partir de Karakoy (ainda a visitaríamos naquele dia, mas apenas no final da tarde) |
Passeando pela orla de Karakoy |
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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