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domingo, 29 de julho de 2018

Passeando por San Pedro do Atacama e conhecendo o Valle de la Luna

Nosso primeiro dia no Deserto do Atacama começou em torno das 11h da manhã, após chegar no nosso hotel vindos do aeroporto de Calama. Como àquela hora não dava mais para pegar nenhum tour com saída pela manhã, resolvemos caminhar pelo pequeno vilarejo de San Pedro e encontrar uma agência para fechar os passeios que faríamos pelo deserto.

O que fazer em San Pedro do Atacama?


A principal cidade que serve de base para os tours no deserto mais alto e árido do mundo é bem pequena e rústica, suas ruas são ainda de terra e tudo por lá se move em torno do turismo que, sem dúvida, corresponde à maior fonte de renda do lugar. 

E, na verdade, não há muito o que se fazer no povoado, exceto comer e agendar os tours. A principal rua do lugar é a Caracoles. É nela que se concentram os restaurantes, que, por sinal, mantêm o padrão chileno de ótima gastronomia. Nem todos estão abertos durante o almoço, já que a maior parte dos turistas estão fazendo algum passeio, mas, à noite, a Rua Caracoles encontra-se bem viva, com todos os seus restaurantes abertos.

No início da Rua Caracoles, em San Pedro do Atacama

sábado, 28 de julho de 2018

Cinco perguntas sobre o Atacama

Sempre tive um certo fascínio pelas fotos que via do deserto mais árido do mundo e, por conseguinte, sempre nutri um desejo de conhecer esta parte do norte do Chile. Mas foi apenas na minha terceira visita ao país que, enfim, tive a chance de ir ao Atacama. E as paisagens, realmente, fizeram jus ao meu imaginário.

Porém, antes de ir, é  necessário se preparar e tirar algumas dúvidas sobre a região. Por isso, resolvi escrever este post respondendo a cinco dúvidas que eu mesmo tive antes de embarcar para o deserto. Já expliquei como chegar ao Atacama em outro post.

01. Qual a melhor época para visitar o Atacama?


Na verdade, não há uma ápoca ideal, já que o clima não varia tanto ao longo do ano. A probabilidade de chuva é baixa (motivo para ele ser o deserto mais árido do mundo) e, como é comum em áreas desérticas, a temperatura varia bastante do dia para a noite, independente da época do ano. Desta forma, sempre fará mais frio à noite em qualquer mês do ano, com quedas que podem chegar abaixo de zero graus Celcius após o por do sol (especialmente, durante o inverno).  

Obviamente, a temperatura será mais baixa nos meses de inverno (entre junho e agosto). No entanto, dificilmente, ela cairá abaixo dos 20 graus durante o dia. 

Sendo assim, o indicado é sempre levar um casaco para se usar à noite seja no verão seja no inverno. Caso queira fazer o passeio aos Gêiseres del Tátio, que saem de madrugada, será necessário se agasalhar bem. 

Vale ressaltar, ainda, que mesmo a probabilidade de chuva sendo baixa durante o ano todo, as poucas chuvas costumam se concentrar entre janeiro e fevereiro, de modo que, caso você programe sua viagem para esta época, poderá acabar pegando chuva.

Outro ponto importante a ressaltar é que, durante o inverno, é muito comum que uma das atrações mais desejadas do Atacama, as Lagunas Altiplânicas, seja fechada para visitação. Isto porque a área em torno das lagunas ficam repletas de neve (isto mesmo! Existe neve no deserto!).

Ainda pegamos um pouco de neve na região das Lagunas Altiplânicas.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Como chegar ao Atacama

Considerado o deserto mais alto e mais seco do mundo (em decorrência do baixo índice pluviométrico), o Atacama localiza-se no norte do Chile e, pelas suas inspiradores paisagens, é um dos principais pontos turísticos do país.

E a melhor forma de se chegar lá é de avião, partindo da capital Santiago. Há também ônibus ligando a capital ao deserto, mas são quase 24 horas de viagem contra cerca de 2 horas de voo. E, considerando que os valores da passagem aérea não são tão caros, variando entre 300 a 800 reais a depender da companhia, do horário e da data da viagem, acreditamos que vale mais à pena seguir pela via aérea mesmo.

Latam e Sky Airline são as duas principais companhias que operam voos até o Atacama e vale à pena pesquisar os preços nas duas. Fomos pela segunda companhia e não tivemos do que reclamar. 

Chegando ao Atacama de avião


Vale ressaltar, no entanto, que não é San Pedro do Atacama, a pequena cidade que serve de base para quem vai conhecer o deserto, que possui um aeroporto. Na verdade, o aeroporto fica em Calama, cidade que se localiza a cerca de uma hora e meia de San Pedro. Embora pequeno, o aeroporto El Loa é moderno e chama a atenção a sua localização isolada em meio ao deserto.

Como se deslocar pela Bolívia

Deslocar-se pelo território boliviano, pelo menos no momento atual, não é das tarefas mais simples, especialmente, se você pretende seguir alguma rota não usual e fora do circuito turístico, como foi o nosso caso (no final do post contarei como foi a nossa saga em um trecho que tivemos que fazer entre duas cidades bolivianas). 

Isto ocorre pois nem todas as estradas são ainda pavimentadas, de forma que, entre determinadas cidades, há longos trechos ainda de terra. A boa notícia é que há muitas obras pelas estradas do país, de forma que, ao que nos parece, esta realidade mudará em um futuro próximo.

Além disso, não há ônibus entre todas as cidades bolivianas, pelo menos por enquanto, o que é, obviamente, justificado pelo motivo citado acima.

O avião, então, surge como a opção mais lógica, prática e rápida para se deslocar pela Bolívia. Não é, no entanto, a opção mais barata. A Boliviana de Aviacion é a principal companhia aérea do país e opera nos aeroportos de La Paz, Santa Cruz de la Sierra, Uyuni, Oruro, Potosí, Tarija, Sucre, entre outros.

Se quiser saber se há possibilidade de voos de ou para a cidade que pretende visitar, basta procurar no site oficial da companhia. A compra pode ser feita diretamente no site com cartão de crédito. 

O maior problema da companhia são os aviões velhos, o que acaba aumentando a chance de turbulências. Para os mais receosos de voar, como nós, isto acaba sendo um inconveniente a mais. O trecho que pegamos entre Tarija e Santa Cruz de la Sierra, embora curto, foi bem tenso.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Como é o terceiro dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni: visitando o maior deserto de sal do mundo

E, enfim, chegou o dia em que chegaríamos ao destino da nossa travessia: o indescritível Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, ocupando uma área de mais de 10 mil quilômetros quadrados e localizado a mais de 3 mil metros de altura. Um deserto que chama a atenção não apenas por sua cor incrivelmente branca mas também pelo incomparável nivelamento da sua superfície, permitindo aquelas famosas fotos em perspectiva que 10 em cada 10 turistas tiram quando chegam ao deserto.

No nosso caso, teríamos uma emoção a mais durante a visita ao salar: assistir ao sol nascendo no deserto como primeira atividade daquele último dia de travessia.

O Salar de Uyuni

Sendo assim, tivemos que madrugar. Nosso guia colocou a bagagem do grupo em cima do 4x4 e saímos ainda sonolentos pela estrada. Mas logo ali, bem perto do nosso hotel, já se encontrava o salar e, bem mais rápido do que pensávamos, já estávamos cruzando o solo branco do deserto. 

No horizonte, um ainda tímido clarão começava a se formar, anunciando o nascer do sol. Ao longe, víamos outros carros que levavam seus passageiros para o mesmo local que nós: a Isla del Pescado.

domingo, 15 de julho de 2018

Como é o segundo dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni

A primeira coisa que posso falar sobre o segundo dia de travessia é que ele não é tão bom como o primeiro em termos de paisagem. Não que não tenhamos passado por lugares lindos, mas é que o primeiro dia, passando pelas Lagunas Branca, Verde e Colorada e pelos Gêiseres Sol de la Mañana é surreal.

Mas a principal questão que faz este segundo dia não ser o nosso preferido é que boa parte do tempo  à tarde é gasto dentro do 4x4, já que não há tantas paradas como no dia anterior. E tem hora que o assunto acaba e a paisagem na janela, que pouco varia, não ajuda.

Já pela manhã, até que tivemos um número razoável de paradas. A hospedagem em que ficamos se localiza em uma área geográfica cheia de rochas dos mais variados tamanhos e formatos e foi exatamente estas formações o foco daquela manhã.

A paisagem típica do segundo dia de travessia

Após tomar nosso café da manhã, deixamos nosso "hotel" no 4x4 e, em poucos minutos, já parávamos para ver a primeira formação rochosa, famosa por lembrar a taça da Copa do Mundo. Confesso que não me atraio muito por estas formações que se assemelham a isso ou aquilo. Mas turista é assim: basta alguém dizer que algo é famoso que já está lá tirando foto.

sábado, 14 de julho de 2018

Como é o primeiro dia de travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni

Já dadas todas as dicas sobre a travessia entre San Pedro do Atacama, no Chile, e Uyuni, na Bolívia, chegou a hora de contar como foi a nossa experiência e mostrar tudo que vimos pelo caminho, começando pelo primeiro dia.

Como seria um dia bem longo, repleto de atrações naturais em solo boliviano, a agência combinou de passar bem cedo no nosso hotel. Mas como ela foi pegando passageiro por passageiro do 4x4 (um total de 5 integrantes), hospedados em locais diferentes, a van acabou atrasando uns 15 minutos para nos pegar.

Eu, extremamente ansioso, já achei que a agência tinha nos esquecido e entrei logo em contato por mensagem. Mas depois que fui entender como funcionava a logística e relaxei. 

Olhando em retrospecto e relembrando a Laguna Colorada, não quero nem pensar na alternativa de ter perdido este passeio
O carro que pegou o nosso grupo ainda não era o que nos levaria pela travessia. Nem o motorista que nos pegou era ainda o guia que nos acompanharia por aqueles dois dias e meio de aventuras. Na verdade, a troca é feita após passar pela aduana chilena, já na aduana boliviana.

A primeira parada, na aduana chilena, fica bem próximo a San Pedro do Atacama e lá passamos apenas alguns minutos resolvendo as questões burocráticas. Seguimos, então, para a fronteira com a Bolívia, onde chegamos com menos de 60 minutos de viagem.

domingo, 8 de julho de 2018

O que é preciso saber para fazer a travessia entre o Atacama e o Salar de Uyuni

A nossa viagem até Uyuni teve como ponto de partida a nossa ida a um casamento na cidade boliviana de Tarija (localizada próximo à fronteira com a Argentina). Compramos a nossa passagem para o Atacama e, após muito pesquisar, chegamos à conclusão de que a melhor forma de se chegar à Bolívia a partir do Chile, seria fazendo a travessia até Uyuni e, de lá, nos virar para chegar em Tarija (o que, na verdade, não foi nada fácil, já que viajar pelas estradas bolivianas não é uma tarefa das mais práticas).

No entanto, a travessia em si, por constituir um dos mais clássicos passeios turísticos da região, já é todo bem organizado e a única preocupação do turista é efetuar o pagamento, já que o roteiro e os pontos de parada são todos organizados pela agência contratada. Isto não significa, entretanto, que não precisa de algum planejamento, como especifico nas questões abaixo.

A travessia é feita, em mais de 95% do trajeto, em solo boliviano. Desta forma, uma vez partindo de San Pedro do Atacama, você logo passará pela fronteira e pelos procedimentos rotineiros da alfândega, para, então, entrar na Bolívia e percorrer a inóspita região de Potosi, atravessando reservas naturais, onde se tem contato com a natureza na sua forma mais selvagem, com mínima interferência humana e quase nenhum resquício de civilização. E torço para que assim continue (que nunca ninguém tenha a péssima ideia de construir um resort ou algo do tipo na região)!

Local da fronteira entre Chile e Bolívia, por onde passam as agências que fazem a travessia nos dois sentidos

Mas vamos a algumas dúvidas frequentes de quem pretende fazer o passeio: