Considerado o deserto mais alto e mais seco do mundo (em decorrência do baixo índice pluviométrico), o Atacama localiza-se no norte do Chile e, pelas suas inspiradores paisagens, é um dos principais pontos turísticos do país.
E a melhor forma de se chegar lá é de avião, partindo da capital Santiago. Há também ônibus ligando a capital ao deserto, mas são quase 24 horas de viagem contra cerca de 2 horas de voo. E, considerando que os valores da passagem aérea não são tão caros, variando entre 300 a 800 reais a depender da companhia, do horário e da data da viagem, acreditamos que vale mais à pena seguir pela via aérea mesmo.
Latam e Sky Airline são as duas principais companhias que operam voos até o Atacama e vale à pena pesquisar os preços nas duas. Fomos pela segunda companhia e não tivemos do que reclamar.
Chegando ao Atacama de avião |
Vale ressaltar, no entanto, que não é San Pedro do Atacama, a pequena cidade que serve de base para quem vai conhecer o deserto, que possui um aeroporto. Na verdade, o aeroporto fica em Calama, cidade que se localiza a cerca de uma hora e meia de San Pedro. Embora pequeno, o aeroporto El Loa é moderno e chama a atenção a sua localização isolada em meio ao deserto.
Aeroporto El Lao, em Calama |
A boa notícia é que há transfer regular (com custo adicional, claro!) ligando o aeroporto a San Pedro do Atacama. Você pode fazer a reserva do transfer online ou deixar para contratar no saguão de desembarque, no térreo, onde há guichês das diferentes agências que fazem o translado. Não é difícil de encontrar. Como gosto de deixar tudo já acertado, fiz a reserva com antecedência, mas não vi dificuldade em deixar para fazer na hora. O micro-ônibus que nos levou, inclusive, estava bem vazio.
Nossa reserva foi feita na agência TransLicancabur pelo seu site oficial e nos custou 12 mil pesos chilenos por pessoa, que só precisaram ser pagos no guichê do aeroporto. Um funcionário com uma placa contendo meu nome estava a nossa espera no desembarque. A TransAndino é outra opção de empresa que faz o translado.
Guichê do serviço de transfer até San Pedro do Atacama, no aeroporto de Calama |
Se quiser evitar o translado e economizar, você pode seguir até o centro de Calama e pegar um ônibus até San Pedro no Terminal Rodoviário da cidade (endereço: 3113, Av. Guanaderos 3051), que fica a cerca de 20 minutos do aeroporto. Há algumas empresas de ônibus comuns que fazem o trajeto em vários horários ao dia, como a Turbus, a Frontera del Norte e a Buses Atacama 2000. Os valores podem variar entre 3 mil a 4 mil pesos chilenos o trecho. Realmente, bem mais barato do que o transfer, mas não acho que o tempo perdido e o fato de ter que ficar carregando a bagagem compensem.
A viagem com o transfer foi bem tranquila e, chegando a San Pedro, o motorista foi deixando cada passageiro em frente ao seu hotel, cujo nome foi fornecido no momento da reserva. Só não gostei do estado em que chegaram nossas bagagens: repletas de poeira. Tudo bem que estamos no meio de um deserto e a poeira é inevitável, mas eles poderiam, pelo menos, ter algo para proteger a bagagem que vai amontoada no fundo do micro-ônibus.
Embarcando no micro-ônibus rumo a San Pedro do Atacama |
Se for precisar retornar ao aeroporto de Calama, é só já deixar o transfer reservado. Se for reservar tanto a ida quanto a volta, o total sai mais barato: 20 mil pesos na época da nossa viagem pela TransLicancabur. Como iríamos seguir do Atacama até a Bolívia, fazendo a travessia até Uyuni, não precisamos do transfer de volta ao aeroporto.
Mas ainda há uma outra opção de se chegar a San Pedro partindo do aeroporto de Calama: através de carro alugado. Sei que alugar e sair dirigindo um carro pelo deserto do Atacama pode parecer um pouco assustador, mas confesso que, olhando em retrospectiva, me arrependi de não ter feito isso.
Afinal, percebi que era perfeitamente possível fazer os passeios que contratamos pelas agências por conta própria. Não posso dizer que é viável ir sozinho de carro para todas as atrações do deserto, mas, pelo menos, para os locais em que fomos, era possível sim. Inclusive, vi alguns turistas dirigindo até mesmo carros pequenos e me arrependi de ter ficado refém de tour guiado.
Portanto, acho que o carro alugado é, sim, uma opção, podendo ser alugado em empresas como a Avis ou a Econorent Car, no aeroporto de Calama.
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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