Eu sei que Torres del Paine, com suas dezenas de trilhas em meio a uma paisagem exuberante, é um dos principais locais de trekking no Chile. Mas como não somos adeptos ao esporte, optamos por conhecer o parque com um carro alugado, percorrendo apenas os locais acessados pelo mesmo.
No início, achamos que, talvez, nem valesse à pena seguir até o parque nacional e não fazer alguma das suas trilhas mais longas. Mas fomos mesmo assim e não nos arrependemos nem um pouco, pois os mirantes que você vai encontrando pela estrada enquanto dirige já tornam o passeio inesquecível.
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A cadeia de montanhas de Torres del Paine, vistas do Mirador Serrano |
Já fizemos um guia com dicas para você visitar Torres del Paine e, agora, iremos contar como foi nossa experiência dirigindo pelo parque e o que conhecemos durante o passeio.
Dicas para dirigir por Torres del Paine
1. As estradas são de rípio e podem ser tranquilamente percorridas mesmo em um dia de chuva (mas, neste caso, todo cuidado é pouco com as curvas, especialmente, se houver neblina).
2. O limite máximo de velocidade dentro do parque é de 60 Km/h.
3. Não há onde abastecer o carro dentro do parque. Vá com o tanque cheio.
4. Mesmo que você esteja com internet no seu celular, não haverá sinal na maior parte do trajeto. Mas com o mapa que entregam na entrada e seguindo a sinalização, não tem como se perder. Na verdade, até fiquei surpreso com o meu sinal que pegou em mais pontos do que eu imaginava (ativei o Plano Américas da Claro para poder usar meu celular durante a viagem sem precisar comprar um chip local).
5. Não precisa alugar um carro grande para dirigir pelo parque. Alugamos um Hyundai Accent e foi tranquilo.
6. Há estacionamento em todos os locais de interesse, inclusive nos hotéis dentro do parque.
7. São cerca de 100 Km de estrada que podem ser percorridas de carro pelo parque, levando aos seguintes locais: Hotel las Torres (onde se inicia a trilha para a base das torres), Cascata Paine, Laguna Azul, Mirante para o lago Nordenskjöld, Cafeteria Pudeto (de onde partem os barcos que navegam o Lago Pehoé), Salto Grande, Lago Pehoé, Sede Administrativa (às margens do Lago Toro), Hotel Grey (de onde partem os barcos que navegam pelo Lago Grey), Guardería Grey (de onde parte a trilha até o Mirador Grey da extremidade sul do lago), Villa Serrano (às margens do Rio Serrano).
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A estrada rípio que percorre Torres del Paine |
E como foi exatamente o nosso passeio:
Primeira parte: margeando o limite leste do parque nacional
Saímos de Puerto Natales rumo a Torres del Paine pela Rota 9, em uma manhã chuvosa de fevereiro desta ano de 2018. Considerando que o dia anterior fora completamente ensolarado, já fiquei apreensivo de não conseguir ver muita coisa do parque devido à chuva.
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O dia começou assim |
No caminho, o tempo ameaçava abrir e, depois, fechava novamente, dando uma prévia de como seria nossa passagem por Torres del Paine. Após passar pela Villa Cerro Castillo, já sem chuva, pegamos uma estrada de rípio que segue margeando o limite leste do parque rumo ao norte. Nosso destino era a Portería Laguna Amarga, a principal entrada do lugar.
E foi a poucos quilômetros da entrada que fizemos nossa primeira parada, quando avistamos um arco-íris sobre um lago (a chuva até que teve a sua vantagem). Logo percebemos que o local da parada era um mirante para um dos lagos que fazem parte do parque nacional: o Lago Sarmiento.
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Arco-íris sobre o Lago Sarmiento |
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Apreciando o Lago Sarmiento na fronteira leste do Parque Nacional Torres del Paine |
Mal saímos do mirante, percebemos que haviam vários carros parados no acostamento mais a frente. O motivo: inúmeros guanacos, mamíferos parentes das lhamas e que existem aos montes naquela região. Obvio que também paramos o carro para apreciá-los e fotografá-los.
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Guanacos na estrada |
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Animais lindos |
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Pousando com o Lago Sarmiento ao fundo |
Nem tínhamos entrado no parque ainda e já estávamos amando.
Um pouco mais adiante, a estrada fez uma curva no sentido oeste, seguindo direto para a Portería Laguna Amarga. Neste momento, as famosas montanhas que dão nome ao parque, as Torres del Paine, deveriam ter surgido em nosso campo de visão, mas o tempo voltara a ficar super fechado e tudo que víamos à nossa frente eram nuvens.
Aliás, esta vista das famosas torres é uma das vantagens de se acessar o parque pela Portería Laguna Amarga.
Mas não nos deixamos abater pelo clima desfavorável e, ao passar pela laguna que dá nome à portaria, resolvemos parar o carro nas suas margens.
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Parando às margens da Laguna Amarga |
Segunda Parte: Lago Nordenskjöld, Salto Grande e Lago Pehoé
Foi chegar à Portería Laguna Amarga que começou a chover enquanto comprávamos nossos ingressos. Nossa intenção era seguir pela estrada que leva ao Hotel los Paines para apreciar as montanhas em formato de agulhas que dão o nome ao parque de mais perto e depois seguir a estrada até o Salto Paine e a Laguna Azul.
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Neste recorte do mapa oficial, vemos a Portería Laguna Amarga, ponto de encontro de 3 das estradas do parque: a que chega a partir de Puerto Natales (por onde chegamos); a que leva até o Hotel las Torres; e a que parte do sentido sudeste (esta vai até Salto Grande e Lago Pehoé). Veja que há também uma estrada no sentido norte que vai até a Cascata Paine e a Laguna Azul. |
Mas como o tempo estava completamente fechado e não víamos nada, resolvemos seguir a estrada que leva até o Salto Grande.
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Recorte do mapa mostrando a estrada que seguimos a partir da Portería Laguna Amarga, rumo a Salto Grande e ao Lago Pehoé. Veja que, para esta estrada, segue também aquela que tem origem na Portaria Lago Sarmiento e que passa pelo Mirador Laguna de los Cisnes. |
Àquela altura eu estava bem angustiado com a alternativa de não conseguir enxergar nada do parque. A chuva, pelo menos, estava fina, mas havia muita neblina e a estrada era bastante sinuosa nos trechos iniciais. Após um tempo, no entanto, a chuva parou um pouco e foi quando chegamos ao primeiro mirante dentro do parque: O Mirador del Nordernskjöld.
O mirante tem vista para o Lago Nordernskjöld e para as montanhas conhecidas como Cuernos del Paine. Por sorte, as nuvens sobre a cadeia de montanhas começava a se dissipar, permitindo a vista dos cuernos por trás da neblina, imagem que nos encantou mesmo com o tempo fechado.
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Mirador del Nordernskjöld |
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Mesmo com as nuvens, estávamos amando a paisagem |
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O Lago Nordernskjöld |
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Sorte que parou de chover exatamente neste momento |
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E sem chuva, ficamos um bom tempo apreciando a vista |
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Até que a neblina em frente às montanhas deu um charme à paisagem |
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Do lado da estrada oposto ao Lago Nordernskjöld havia esta pequena lagoa com muitas aves (mesmo de longe, acreditamos que eram cisnes) |
Ficamos apreciando a paisagem por um bom tempo, já encantados com o parque chileno. Foi quando recomeçou a chover e fomos obrigados a correr de volta para o carro, seguindo viagem.
A estrada passou por uma laguna à nossa direita, a Laguna las Mellizas e, pouco tempo depois, chegávamos a uma bifurcação. Seguindo pela esquerda, continuaríamos até o lago Pehoé e pegando à direita, iríamos para o ponto de observação do Salto Grande. Seguimos por esta segunda opção rumo à cascata.
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Chegando à parte da estrada que margeia a Laguna las Mellizas |
Antes de chegar ao Salto Grande, no entanto, passamos pela Cafetería Pudeto e paramos ali para tomar um café e comer algo. Como havíamos levado lanche comprado em Puerto Natales, compramos apenas o café no local, o que foi excelente para nos aquecer do frio que estava fazendo.
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Na Cafeteria Pudeto |
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Vista do Lago Pehoé de dentro da Cafetería Pudeto |
Até gostaríamos de ter feito o passeio de barco que parte da cafeteria e navega pelo Lago Pehoé, mas tínhamos que economizar devido ao que ainda pagaríamos, naquela noite, pela nossa diária em um hotel no parque.
Seguimos, então, para o Salto Grande, que não é tão grande assim, chamando mais atenção pela bela cor esverdeada das águas que despencam com toda força rumo ao Lago Pehoé. Há um local para estacionar o carro, de onde andamos alguns metros até o ponto de observação da cascata.
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Estacionamento do ponto de observação do Salto Grande |
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No caminho até o Salto Grande |
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O Salto Grande |
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Após descer a cascata, a água segue para o Lago Pehoé |
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E do Lago Nordernskjöld, as águas chegam ao Salto Grande |
Do Salto Grande, parte a trilha de baixa dificuldade até o Mirador los Cuernos, que demora cerca de 1 hora em cada sentido. A trilha vai margeando o Lago Nordernskjöld e havíamos programado fazê-la. Mas o tempo chuvoso nos desencorajou, até porque nem sabíamos se conseguiríamos enxergar os Cuernos durante todo o trajeto. Mais uma vez, o tempo ruim daquela manhã mudava os nossos planos.
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Início da trilha para o Mirador los Cuernos |
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Turistas seguindo pela trilha |
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Se no início, o visual já era lindo, imagina no final da trilha |
Voltamos, assim, para o carro e retornamos até o ponto de bifurcação, seguindo, agora, até o Lago Pehoé. No caminho, passamos pelo Mirador Salto Grande, que permite ver a cascata de mais longe, jogando suas águas no lago. Mas deixamos para parar lá apenas no dia seguinte (ver mais abaixo) e seguimos margeando o belíssimo lago Pehoé até a Hostería Pehoé.
Paramos o carro e descemos empolgadíssimos com a paisagem. Àquela altura, o tempo começava a abrir, como que por milagre (e não mais choveu durante o resto do dia) e a imagem do lago esverdeado, das montanhas com nuvens acima e do charmoso hotel no meio de uma ilha era inebriante.
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Olha a beleza do Lago Pehoé |
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Bonito demais |
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Hostería Pehoé em uma ilha no meu do lago |
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Felizes |
Resolvemos seguir pela ponte de pedestres até o hotel e ficamos um tempo por lá apreciando toda a paz do lugar. Até entramos na recepção do hotel e perguntamos se poderíamos usar o banheiro, o que nos foi permitido sem problema algum.
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Seguindo pela ponte até a Hostería Pehoé |
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Quem não iria querer se hospedar aqui? |
Nos jardins do hotel ainda encontramos um gatinho, com o qual Técio ficou brincando em meio a toda a beleza daquele lugar.
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Já na ilha, vendo o estacionamento do outro lado e a ponte de pedestres |
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Nos jardins da Hostería Pehoé |
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A beleza dos Cuernos del Paine cada vez mais nítida, com as nuvens se dissipando |
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Fazendo um amigo |
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E tirando foto com ele |
Naquele momento, me bateu uma certa frustração de não ter mais conseguido vaga naquele hotel. Mas, no final do dia, quando conheci o nosso, o Hotel del Paine, a frustração passou, pois amamos a vista de lá também. Já falamos sobre
onde se hospedar em Torres del Paine e como foi a nossa experiência dormindo no parque.
Saindo do estacionamento do hotel, a estrada subia uma ladeira e, assim, atingimos um ponto mais alto, onde fica um outro mirante: o Mirador Pehoé, com vista panorâmica para o lago, mas deixamos para parar por lá no dia seguinte (ver abaixo).
Mais um pouco adiante, vimos vários turistas parados em torno de um animal que margeava a estrada. Paramos também e fomos apreciar o mamífero conhecido como huemul (ou cervo sul andino). Seguindo a regra do parque, não devemos interagir com os animais (muito menos alimentá-los) e, assim, ficamos apenas apreciando-o da estrada.
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Um huemul |
Chegara a hora de seguir até o Lago Grey.
Terceira Parte: Rio Paine, Lago Grey e Rio Serrano
Seguimos viagem, margeando, agora, o rio Paine à nossa direita. Com o céu mais aberto àquela altura, a cor das águas do rio ganharam ainda mais vida e não perdemos a chance de parar o carro, assim que vimos uma chance.
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E o Rio Paine surge à nossa direita |
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Belíssimo |
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E com o tempo, enfim, abrindo, a cor do Rio Paine ganhou ainda mais vida |
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Tem como não parar o carro? |
De volta à estrada, mais adiante, chegamos a uma outra bifurcação, no local onde fica a Sede Administrativa de Torres del Paine. Seguindo em frente, chega-se à Portería Serrano, localizada no limite sul do parque (e perto de onde ficava o nosso hotel). Pegando a estrada à direita, chega-se ao Hotel e à Guarderia Grey.
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Recorte do mapa mostrando a estrada seguindo rumo ao sul, a partir do Lago Pehoé e chegando à bifurcação no local da Sede Administrativa do parque. Pode-se seguir em frente, rumo à Portería Serrano, ou pegar à direira, rumo ao Lago Grey |
Pegamos, então, à direita rumo à Guarderia Grey, onde iniciaríamos a trilha pelo extremo sul do Lago Grey. O plano inicial era fazer esta trilha na manhã do dia seguinte, mas alguns dos planos anteriores já haviam sido frustrados pelo clima, estávamos com tempo ainda e poderíamos aproveitar que a chuva cessara para fazer a trilha.
No caminho, pegamos uma obstrução na estrada (alguma obra, eu acho), o que gerou um engarrafamento e algum tempo parados.
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Fotografando a paisagem durante o engarrafamento a caminho do Lago Grey |
Alguns minutos depois, no entanto, chegávamos ao estacionamento da Guardería Grey. Aproveitamos para usar o banheiro do local e seguimos pela trilha, que percorremos, nos dois sentidos, por pouco mais de 2 horas. Falamos sobre a
trilha pelo Lago Grey em outro post.
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Pela trilha até o Mirador Grey |
Finalizada a trilha, voltamos dirigindo até a bifurcação na Sede Administrativa e seguimos, então, rumo ao sul em busca do nosso hotel, localizado na chamada Villa Serrano, no vale do rio. O local, onde há muitas outras opções de hospedagem, fica, na verdade, já fora dos limites do parque, mas colado com sua fronteira sul. É tão perto que, apenas no dia seguinte, nos demos conta de que, para chegar lá, passamos pela Portaría Serrano, deixando o parque.
No caminho para o hotel, tivemos mais uma surpresa: o Mirador Serrano, um mirante com vista para o vale do rio Serrano, com o Maciço do Paine (a cadeia de montanhas do parque) ao fundo. No fim do dia, com o sol já mais baixo, a vista estava de tirar o fôlego. Nem sabíamos que este mirante existia e foi uma das melhores surpresas do passeio.
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O Mirador Serrano, com vista para o rio Serrano e o Maciço do Paine |
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A Villa Serrano lá embaixo, onde se concentram alguns hotéis do parque |
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Este mirante foi uma agradável surpresa |
Terminamos o dia descansando no maravilhoso Hotel del Paine. Com sua área externa às margens do rio Serrano, com vista para as montanhas, não perdemos a chance de tirar as últimas foto daquele inesquecível dia por Torres del Paine.
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Vista da área externa do Hotel del Paine |
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Melhor forma de terminar o dia |
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Relaxando às margens do Rio Serrano |
Quarta parte: retornando para a Portería Laguna Amarga e vendo as Torres del Paine
No dia seguinte, já descansados do dia anterior, mas nem um pouco cansados das paisagens exuberantes de Torres del Paine, fizemos o check out no hotel e pegamos a estrada, agora no sentido norte, rumo à Portería Laguna Amarga.
No caminho, aproveitamos para parar em alguns pontos da estrada que havíamos deixado passar no dia anterior.
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Primeiro, encontramos um acostamento no ponto da estrada que acompanha o Rio Paine e paramos o carro para tirar algumas fotos |
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Saudade desta manhã |
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E desta vista |
Seguimos rumo ao Lago Pehoé e, desta vez, paramos no Mirador Pehoé.
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Mirador Pehoé |
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O Lago Pehoé |
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Vista de outra parte do Lago Pehoé |
Mais a frente, paramos no Mirador Salto Grande, do qual também havíamos passado direto no dia anterior.
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Mirador Salto Grande |
E resolvemos parar novamente no Mirador del Nordernskjöld, já que as montanhas estavam menos encobertas do que no dia anterior.
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De volta ao Mirador del Nordernskjöld |
Chegamos, então, à Portería Laguna Amarga e, de lá, pegamos a estrada em direção ao Hotel las Torres, parando no Welcome Center. Na verdade, os visitantes costumam seguir por esta estrada para iniciar a trilha até o mirante das bases das torres (ou para se hospedar no hotel). Mas, no nosso caso, seguimos para lá apenas com o objetivo de ver as famosas Torres del Paine, mais de perto. Afinal, já estávamos no segundo dia dentro do parque e ainda não tínhamos visto os famosos picos que dão nome ao lugar.
Mas, chegando lá, as nuvens estavam cobrindo completamente as torres. Paramos o carro no estacionamento do Welcome Center, uma espécie de apoio aos visitantes que fica pouco antes do Hotel las Torres. Lá, aqueles que estão para começar ou estão terminando a trilha, descansam, fazem um lanche e usam o banheiro.
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O Welcome Center |
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As famosas Torres del Paine completamente cobertas. Será que sairíamos do parque sem vê-las? |
Já nós ficamos apenas sentados esperando as nuvens se dissiparem para vermos as torres. Enquanto isso, conversamos com uma brasileira que havia feito a trilha no dia anterior e que contou que sua amiga passou mal durante o trekking, tendo que retornar.
Esta trilha dura, no mínimo, 9 horas ida e volta e não tivemos mesmo coragem de realizá-la. Quem sabe, um dia, não voltamos para fazê-la. Quem fez sempre diz que a beleza da base das torres, no final, compensa demais o esforço.
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Já está melhorando |
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Esperando |
Mas ficamos apenas ali, comendo algo e esperando para ver as torres. Do lado de fora, havia muitas margaridas e ficamos tirando foto da paisagem e das torres, quando elas, enfim, surgiram por trás das nuvens.
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Que nuvens difíceis de sumirem |
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Finalmente! Tá quase, mas melhor do que nada |
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Já que não fizemos a trilha, só nos restou apreciar de longe |
Na verdade, olhando para trás, cometemos um erro. Pois deveríamos ter seguido para o Salto Paine e para a Laguna Azul, como havíamos pretendido no roteiro original. Afinal, destes pontos também se ver as torres, de modo que não precisaríamos ter perdido tempo.
Já passava de meio-dia quando decidimos deixar o parque. No caminho de saída, as torres ficavam cada vez mais visíveis, o que nos fez parar algumas vezes para vê-las.
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Agora sim! |
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A vista que deveríamos ter tido entrando no parque, no dia anterior |
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Não poderíamos sair do parque sem ver as famosas Torres del Paine |
OBS:
1. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
Muito bom seu post!!! Há tempos penso em uma road trip de carro saindo do Brasil e indo até a Patagônia, seu post vai ajudar muito no planejamento disso :-)
ResponderExcluirNossa, seu post está super completo, adorei as informações que você passou. Eu morro de vontade de fazer uma viagem assim, só falta encontrar alguém que dirige porque eu não gosto kkk Os mirantes que passa são incríveis hein?
ResponderExcluirNossa, uma road trip dessas é de dispensar qualquer treking rs Adorei tudo, principalmente o visual que se tem dos mirantes e os animais do caminho! =)
ResponderExcluirMuito interessante esse passeio, confesso que adorei na versão road trip!! Que demais ver os guanacos na estrada, heinnn? Sensacional!!! E a cor do Rio Pain? Incrível. Os mirantes são lindos e as contemplações divinas, realmente é uma viagem imperdível. Fiquei com uma dúvida, qual a melhor época para fazer esse passeio ou todo os meses do ano é tranquilo? Post completinho, parabéns!
ResponderExcluirOi Carla! Acredito que o verão seja a melhor época de se fazer uma road trip como esta, já que o frio é menos intenso e, devido às condições climáticas, as estradas são mais seguras!
ExcluirGostei muito da ideia de percorrer o parque de carro, porque também não sou fã de trilhas. Os miantes são lindos e acho que essa opção valeu muito a pena. Qual foi a época da viagem de vocês? Fiquei um pouco preocupada com a neblina, pois sou uma motorista muito medrosa (rs).
ResponderExcluirFomos em fevereiro, durante o verão da região. Foi bem tranquilo dirigir por lá nesta época. Não tenha medo!
ExcluirNossa, as fotos estão fantásticas! Eu adoro passar aqui sempre que posso pra pegar novas dicas pois elas são sempre incríveis. Eu nem sabia que era possível fazer uma viagem tão bacana dessas de carro pelo parque. Com certeza vou adicionar isso pras experiências que ainda quero ter na vida! Gente, deve ser sensacional ficar nesse hotel com essa vista incrível hem! Apaixonada aqui pelas fotos.
ResponderExcluirQue lugar fantásticoooo!!! Esses lagos são incríveis, dão um clima todo especial ao local. E esses animais??? Morro só de ver.. que lindeza. Eu ia querer pegar um e levar pra casa rs..
ResponderExcluirLugar lindo demais.. achei engraçado que estava achando maravilhoso quando li que vocês ainda nem tinham entrado (ri sozinha). Sinceramente eu acho que o tempo nublado deu até um "tchan" nas fotos, o lago é maravilhoso.. esse caminho até o hotel é um convite. Se a intenção de vocês era me deixar apaixonada.. conseguiram!
ResponderExcluirPrimeira vez que leio sobre um tour de carro pelo parque. Geralmente, a galera contrata agência de turismo. Amei essa ideia! Acho libertador!
ResponderExcluirCom 100km, dá para circular com meio tanque de gasolina. Mas sempre bom ir com o tanque cheio.
São muitos lugares lindos para desbravar e você se perde por onde começar.. kkkk
Foi fácil alugar o carro? O seguro da locação é especial? Ou pode pegar o básico?
Alugamos sem dificuldade alguma e pegamos o seguro básico mesmo. A única particularidade é que, se vc pretender atravessar a fronteira com a Argentina, deverá informar isto à locadora para que a mesma providencie a papelada necessária para fazer a travessia de carro.
ExcluirQue post completo, caramba, já está salvo aqui!! Imprevistos acontecem, mas a trip valeu super a pena ne! Tb nao teria coragem de encarar uma trilha de 9 horas (preciso treinar pelo menos 6 meses hahaha).
ResponderExcluirOlá, EriK, estou retornando ao blog, mais uma vez, para agradecer pelas dicas valiosas de seus posts. Acabei de retornar de minha viagem à Patagônia e as informações do blog foram essenciais para o planejamento e sucesso de minha viagem. Super obrigada por compartilhar de forma clara e enriquecedora suas experiências de viagem. Um grande abraço.
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