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sábado, 1 de setembro de 2018

O que fazer em Punta Arenas

Capital da região de Magalhães e Antártica Chilena, Punta Arenas é uma das mais importantes cidades da Patagônia, no Chile. Seu crescimento esteve interligado ao seu porto, que se mantém, até hoje, como um dos principais impulsionadores da economia local. 

Este crescimento veio acompanhado de uma onde de imigração européia para a região, especialmente, de croatas, cuja influência é percebida no nome de prédios da cidade (vimos a bandeira croata em mais de um local).

Mas o que nos interessa mesmo é o papel turístico da cidade dentro da Patagônia. Para falar a verdade, na nossa opinião, o apelo turístico de Punta Arenas é pequeno. No entanto, ela acaba entrando no roteiro de muitos viajantes seja por causa do seu aeroporto internacional seja por estar no caminho entre Ushuaia e Torres del Paine, dois importantes polos turísticos da Patagônia.

Punta Arenas

No nosso caso, chegamos à cidade vindos de ônibus de Ushuaia (já explicamos como aqui). Resolvemos, então, dormir por lá para, no dia seguinte, seguir até Puerto Natales. Alguns dias depois, retornamos à cidade, já que seria de lá que sairia nosso voo de volta ao Brasil. 

Desta forma, dividimos nossa passagem por Punta Arenas em duas partes e assim faremos com este post.


Primeira passagem por Punta Arenas


Chegamos à cidade em torno das 16:30 horas, após uma longa viagem de ônibus, incluindo uma travessia pelo famoso Estreito de Magalhães. O ônibus nos deixou próximo ao centro da cidade, em frente à oficina da empresa, a Bus-Sur, na Avenida Cristobal Colón.

Embora estivéssemos a cerca de 15 minutos a pé do nosso hostel, resolvemos pegar um táxi devido à bagagem. Ficamos hospedados no Hostel Grey e amamos o local. A sua fachada é super simples, parecendo uma casa comum. Ao passar pela porta, entramos em um corredor com vários quartos. Ficamos no primeiro deles e era excelente. Super confortável, com calefação, banheiro privativo e muito limpo. Amamos a estadia e, certamente, ficaríamos hospedados lá novamente.

Uma vez acomodados, saímos caminhando rumo aos pontos turísticos da cidade, começando por sua orla. Afinal, Punta Arenas é banhada pelo Estreito de Magalhães, possuindo, assim, um calçadão de frente para o mar.

Mas, mesmo no verão, vá para lá bem agasalhado, já que as máximas na cidade, nesta época, chegam até uns 14 graus, em média, sendo a sensação térmica ainda menor na orla, devido ao forte e frio vento patagônico que vem do mar.

Algumas pessoas passeiam de bicicleta pela orla, mas nós seguimos caminhando, começando pelo monumento Tripulantes Gomeda Ancud, que faz referência às navegações que estão diretamente relacionadas à história da própria cidade.

Monumento Tripulantes Gomeda Ancud

O belo monumento fica exatamente no ponto em que a avenida que percorre a orla encontra a Avenida Cristobal Colón.

Seguindo pela Avenida Cristobal Colón até o monumento na orla



Apreciando o monumento

O mar de frente a Punta Arenas
Do monumento, seguimos pela orla e logo vimos um píer antigo (sem mais comunicação com o calçadão), repleto de aves marinhas.

O calçadão da orla de Punta Arenas
O píer das aves marinhas

Da orla, seguimos para a principal praça da cidade, a Plaza de Armas Muñoz Gamero. No caminho, no entanto, percebemos que estávamos com muita fome (afinal, passáramos o dia comendo apenas lanche durante a viagem de ônibus). Antes, no entanto, precisávamos comprar pesos chilenos, o que acabou sendo bem complicado, já que era feriado na cidade (terça-feira de carnaval). Felizmente, perguntando a um e outro pelas ruas, encontramos uma casa de câmbio aberta no centro, trocamos o dinheiro e corremos para um restaurante.

Escolhemos, por sorte, um restaurante que amamos: o La Luna. Com  pratos que variavam de peixes a massas, nós ficamos apaixonados pelo local. Não só pela comida mas também pelo ambiente. E o delicioso suco de framboesa!! Gostamos tanto que retornamos para lá na nossa segunda passagem pela cidade. Fica a dica!

Restaurante La Luna, em Punta Arenas


O saudoso suco de framboesa

Extremamente satisfeitos com a nossa refeição, seguimos para a Plaza de Armas. Àquela hora, com o por do sol se aproximando, o céu havia adquirido um belo colorido, o que deixou nosso passeio ainda mais especial.

O belo colorido do céu visto da Plaza de Armas


Plaza de Armas Muñoz Gamero

A Plaza de Armas Muñoz Gamero possui uma estátua, no seu centro, em homenagem a Fernão de Magalhães, ali chamado de Hernando de Magallanes. Mas quem rouba a cena mesmo é a estátua do índio Aónikenk, aos pés do monumento. Diz a lenda que o turista que tocar o pé do índio retornará a Punta Arenas (muitos o beijam também).

Monumento a Hernando de Magallanes. Percebam a cor diferente do pé do índio de tanto que os turistas o tocam.
Monumento a Hernando de Magallanes

Um turista tocando e beijando o pé do índio

Ao redor da praça, tem-se a catedral da cidade (vista na foto que abre este post) e uma série de prédios históricos e administrativos. Entre estes prédios, destaca-se o Palácio Sara Braun, atual monumento histórico da cidade, construído no final do século XIX em estilo francês, pela rica família russa Braun, que imigrou para Punta Arenas seguindo a onda européia da época.

A Catedral de Punta Arenas


Em torno da Plaza de Armas. Ao fundo, a torre da catedral


Palácio Sara Braun


Fachada do Palácio Sara Braun vista mais de perto

Uma das laterais da Plaza de Armas possui um estacionamento pago. No mesmo local ficam barraquinhas vendendo souvenirs.


Nos arredores da Plaza de Armas, está também o Museu Regional de Magallanes. Abre de quarta à segunda, das 10:30 às 17 horas (de 1 de outubro a 30 de abril) e das 10:30 às 14 horas (de 2 de maio a 30 de setembro). O último acesso ocorre 20 minutos antes do fechamento. Infelizmente, devido ao horário, não conseguimos conhecê-lo. A entrada é gratuita.

O Museu Regional de Magallanes

Mapa mostrando os principais pontos especificados até agora, incluindo a localização do restaurante La Luna. O local descrito como Costanera é onde fica o Monumento Tripulantes Gomeda Ancud


Como já estava escurecendo e o frio só aumentava, resolvemos retornar ao nosso hostel para descansar. 

No dia seguinte, fizemos check out e seguimos para a loja da Hertz, no centro da cidade, para pegar o carro que havíamos reservado (já contamos como é dirigir pela Patagônia em outro post). Partiríamos ainda naquela manhã para Puerto Natales de carro. Mas, antes, resolvemos aproveitar o carro e seguir para outro ponto turístico da cidade: o mirante no Cerro de la Cruz.

Na verdade, você até pode seguir até o mirante a pé, a partir da Plaza de Armas. Mas como envolve uma subida, achamos mais lógico ir para lá de carro, já que o teríamos disponível. 

O mirante, que possui estacionamento, permite uma vista panorâmica de Punta Arenas e do Estreito de Magalhães. O local também tem algumas barraquinhas vendendo souvenirs e artesanato local.

Chegando ao mirante do Cerro de la Cruz

Punta Arenas vista do Cerro de la Cruz

O Estreito de Magalhães banhando Punta Arenas


Mirante do Cerro de la Cruz
Um pouco da história da cruz
Já a cruz, que dá nome ao cerro, não fica exatamente no mirante, mas a alguns metros dele. 


A cruz

Mapa mostrando a localização do Cerro de la Cruz e sua distância para a Plaza de Armas


Do Cerro de la Cruz, seguimos direto para Puerto Natales, localizado a 246 Km. Só voltaríamos a Punta Arenas, após 6 dias de uma maravilhosa roadtrip pela Patagônia, para pegar nosso voo para o Brasil.

Segunda passagem por Punta Arenas


Era nosso último dia de viagem quando retornamos a Punta Arenas. Como nosso voo seria apenas no final da tarde, ainda deu tempo de visitar dois outros pontos turísticos da cidade: o cemitério e a estátua El Overejo. Mas confesso que achei estes dois lugares bem dispensáveis.

No entanto, a despeito da minha opinião, o cemitério de Punta Arenas é considerado um dos principais pontos turísticos da cidade, recebendo, inclusive, excursões de turistas que chegam naqueles ônibus turísticos com um guia.

Eu, particularmente, não gosto de visitar cemitérios. Apenas entrei, tirei umas fotos e fiquei esperando Técio e Thyciara que resolveram desbravar um pouco mais do lugar. Eles até que gostaram. Eu achei bem sem graça.

A frente do cemitério de Punta Arenas, na Av. Manuel Bulnes


Cemitério de Punta Arenas


Eu sei que é bonito, mas acho mórbido demais visitar cemitério







De lá, seguimos andando até a estátua El Overejo que fica bem próxima, no meio da mesma avenida onde está a entrada do cemitério, a Avenida Manuel Bulnes. A estátua é uma homenagem aos pastores de ovelha, atividade bem comum na região. Mas só vale mesmo à pena seguir até ela se você já estiver no cemitério, considerando a proximidade entre as duas atrações.

Estátua El Overejo. A fila para tirar foto estava grande


El Overejo

Mapa mostrando a localização do cemitério e do El Overejo. Percebam que estas duas atrações ficam mais distantes da Plaza de Armas.
Do El Overejo, voltamos para o carro e seguimos para o centro da cidade, com o objetivo de comer novamente no restaurante La Luna (para vocês verem como gostamos do lugar). Queríamos muito tomar de novo aquele delicioso suco de framboesa. Aliás, quando se fala em gastronomia, somos da opinião de que o Chile supera muito a Argentina.

Nesta viagem indo de um país para o outro, não teve um único restaurante argentino que tenhamos sequer decorado o nome. Já no Chile, comemos muito melhor e, por isso, temos restaurantes para indicar!

Terminado nosso almoço, chegara a hora de dirigir até o aeroporto da cidade, onde entregaríamos o carro e iniciaríamos nosso retorno ao Brasil.

Mas ainda há um lugar bem popular entre os turistas para ser visitado em Punta Arenas, mas que, infelizmente, não tivemos como conhecer: a Isla Magdalena, onde, após um passeio de barco de cerca de 2 horas, vê-se pinguins-de-magalhães. 

Se você tiver mais tempo na cidade, acredito que valha à pena ir até lá. Você poderá caminhar pela ilha até o seu farol, vendo vários pinguins que migram para a ilha durante o verão. Vale ressaltar que o passeio não é oferecido durante o inverno.


OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.

2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio









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