Nosso foco desta viagem à Itália era a Toscana, mas não resistimos a fazer um desvio e tirar um dia para visitar a famosa Cinque Terre. Estávamos hospedados na província de Lucca e, em pouco mais de uma hora dirigindo pelas estradas italianas, seria possível chegar a La Spezia, deixar o carro estacionamento e pegar o trem até os famosos vilarejos da Ligúria.
E foi exatamente o que fizemos. Já demos todas as
dicas úteis sobre Cinque Terre em outro post (como chegar, onde deixar o carro, como se deslocar entre as terres, como adquirir o Cinque Terre Card). Neste iremos descrever como foi a nossa experiência e dar algumas dicas do que fazer e conhecer em cada uma das vilas.
Fizemos as
terres na seguinte ordem: Manarola, Corniglia, Vernazza, Monterosso e Riomaggiore. Chegamos às quatro primeiras de trem e, a partir de Monterosso, pegamos um barco retornando até a primeira das
terres no sentido sul-norte, Riomaggiore. A intenção foi poder ter também o ponto de vista dos vilarejos a partir do barco.
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Cinque Terre |
Lembrando que adquirimos o
Cinque Terre Card, que dá direito ao transporte ferroviário entre as terres, ainda na estação ferroviária de La Spezia.
Visitando Manarola
A estação de trem de Manarola fica bem no centro do vilarejo, de forma que já descemos no meio da agitação. Como vocês já devem saber a esta altura, o local recebe um número enorme de turistas diariamente, de forma que vai ser bem difícil encontrar tranquilidade por lá.
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Chegando a Manarola |
Com músicos tocando seus instrumentos em áreas públicas, lojas e restaurantes a pleno vapor e turistas preenchendo as ruas ladeadas pelas típicas construções italianas, nem parecia que ainda eram dez horas da manhã.
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Manarola já lotada ás dez horas da manhã |
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Os prédios baixos e coloridos são típicos de todas as vilas de Cinque Terre |
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Encontrando um local mais tranquilo no centro de manarola |
Seguimos direto para um dos melhores locais para se avistar e fotografar Manarola: uma curta trilha que vai margeando a encosta norte do vilarejo, avançando em direção ao mar e permitindo uma excelente visão panorâmica da terre.
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Vale muito à pena seguir por esta trilha que vai margeando a encosta. Para acessá-la basta seguir até a orla de Manarola |
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A bela vista de Manarola já no ínício da curta trilha pela encosta |
E aqui já adianto que achamos Manarola a mais bela das cinco. Claro que sempre tem a questão do primeiro impacto, já que foi o primeiro vilarejo que visitamos. Mas eu já havia conhecido Cinque Terre antes (embora tivesse deixado Manarola de fora) e portanto já tinha uma ideia do que iria encontrar.
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Tem como não achar Manarola linda? |
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O visual não decepciona |
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E vai ficando cada vez mais bonito à medida que nos aproximamos da extremidade |
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Para nunca mais se esquecer |
Vale ressaltar que, entre Manarola e Riomaggiore, há uma popular trilha conhecida como Via dell´Amore que dizem oferecer belas paisagens. Mas nem sempre a trilha está aberta e nem todos têm disposição para encarar caminhadas. Mas se for do seu gosto, vale à pena checar, ao chegar a uma das duas terres, se a trilha está aberta.
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No centro da cidade, placas indicam o acesso à Via dell´Amore |
Após muitas fotos de Manarola, retornamos à sua estação e pegamos o trem até Corniglia, a qual chegamos em menos de 5 minutos.
Visitando Corniglia
Única das terres sem acesso pelo mar e com sua estação ferroviária distante do centro, Corniglia acaba sendo o vilarejo menos visitado e, por isso, mais calmo. Portanto, se o seu foco for tranquilidade, não deve deixar esta terre de fora.
Descendo do trem, poderíamos ter seguido caminhando até a vila, mas como este caminho envolve uma subida, preferimos aguardar o ônibus que faz a rota (incluso do Cinque Terre Card). O ônibus nos deixou no centro da cidade, de onde começamos a explorar suas estreitas e calmas ruas.
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Começando a explorar as estreitas e charmosas ruas de Corniglia |
Seguimos sem destino definido e fomos descobrindo Corniglia sem pressa. Até porque a vila é bem pequena e não exige tanto do nosso tempo.
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Corniglia, a terre mais tranquila das cinco |
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Mas não menos charmosa |
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Uma das ruas terminava em um pequeno terraço de frente para o mar |
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E com vista para Manarola |
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A arquitetura não difere das demais vilas |
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Mas as ruas são bem mais calmas |
Descobrimos o Largo Taragio, uma pequena praça, ocupada por mesas de restaurantes e adornada por uma capela, o Oratório Santa Caterina. Vale à pena seguir até as costas da capela, onde descobrimos um terraço com vista para o mar e para a vila.
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O Largo Taragio e o Oratório Santa Caterina |
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Vista do terraço por trás do Oratório Santa Caterina |
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Corniglia vista do mesmo terraço |
Retornamos ao mesmo local onde havíamos descido do ônibus para pegá-lo de volta à estação. Mas, ali mesmo, escolhemos um restaurante para matar a fome. Já passava de meio-dia.
Visitando Vernazza
O curtíssimo trajeto entre Corniglia e Vernazza foi também feito de trem. Jé fomos deixados no centro do vilarejo e seguimos caminhando até a sua orla. Nesta, percebemos que havia uma pequena faixa de areia que agrupava alguns banhistas.
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Centro de Vernazza |
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Explorando um pouco as ruas do centro |
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E chegando à orla de Vernazza, que tem uma pequena faixa de areia para quem quiser tomar banho no mar da Ligúria |
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Orla de Vernazza |
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Vista da orla em direção a Monterosso |
Explorando o local, descobrimos o início de uma escadaria que levaria até o antigo Castello Doria, localizado de frente para o mar, em um dos pontos mais altos do vilarejo. Na verdade, o castelo se resume a uma antiga torre de observação, mas permite lindas vistas do entorno. E é preciso pagar 1,50 euros pela visita.
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Plaza indicando o acesso às escadas que vão até a torre no alto. É facilmente encontrada à esquerda de quem segue pelo centro até a orla |
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Castello Doria |
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Vernazza vista do Castello Doria |
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Mar da Liguria visto do Castello Doria |
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A torre |
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Escadas em espiral até o topo da torre |
Ficamos um bom tempo lá no alto, apreciando o mar e Vernazza. Subimos as escadas até o alto da torre e fotografamos bastante do ponto mais alto ao qual chegamos nesta visita a Cinque Terre.
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Vista do alto da torre |
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Apreciando Vernazza do ponto mais alto |
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E a cor deste mar? |
Visitando Monterosso
Para facilitar a descrição, prefiro dividir Monterosso em duas partes, separadas pelo avanço da encosta em direção ao mar. Na primeira parte da vila, mais ao sul, é onde está a marina, por onde podemos acessar a vila de barco. Há também uma curta faixa de areia para quem quiser curtir a praia.
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Parte sul de Monterosso |
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Onde fica a marina da vila |
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E uma curta faixa de areia |
Na segunda parte, mais ao norte, é onde fica a estação ferroviária, além de um extenso calçadão ao longo de uma bem mais larga faixa de areia. Foi lá que decidimos tomar banho de mar, já que, de todas as terres é que tem praias mais propícias ao banho (embora, exatamente por isso, sejam as mais lotadas).
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A parte norte de Monterosso |
Da estação de trem, já saímos direto no calçadão, por onde caminhamos um pouco, paramos para tomar um delicioso sorvete de limão siciliano (aliás, esta fruta é bem popular por lá) e, então, seguimos à parte sul da terre, com o objetivo de já comprar o ticket de barco que pegaríamos até Riomaggiore.
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Já saímos da estação de trem de frente para o mar |
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O calçadão é super agradável |
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Vai sempre margeando a praia da terre |
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Ótimo local para desfrutar um gelato italiano de limão siciliano |
O trecho caminhado entre as duas partes é tranquilo e curto, de forma que, com a passagem de barco em mãos, retornamos ao calçadão para escolher em que parte da praia ficaríamos. O que não fazíamos ideia era que a maior parte da faixa de areia é particular, sendo necessário pagar para ter acesso.
E como o valor a ser pago chegava aos 20 euros, resolvemos nos estabelecer na estreitíssima faixa considerada pública. Nesta parte, não se tem acesso a barracas ou espreguiçadeiras, mas pelo menos há chuveiros de água doce para tirar o excesso de sal após o banho de mar.
Entrei na água e quase sofri um choque térmico. Que mar gelado!!! Eu já esperava que não fosse uma água quentinha, mas não achava que seria tão fria. Pelo menos, o dia estava bem quente, o que acabou sendo bem refrescante.
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Quase toda faixa de areia de Monterosso é privada |
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Após o banho de mar, continuamos passeando pelo calçadão |
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E apreciando os prédios da vila, que nos pareceram mais conservados e bem cuidados do que das demais terres. |
Saímos de Monterosso de barco e fomos apreciando cada uma das terres a partir do mar. Acreditamos que vale muito à pena fazer o passeio de barco para se este ponto de vista.
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Saindo da marina de Monterosso e deixando o vilarejo para trás |
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Seguindo de barco no sentido norte-sul |
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Vernazza |
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Corniglia |
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Manarola |
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Riomaggiore |
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Aproximando-se de Riomaggiore |
Visitando Riomaggiore
Chegamos, então, a Riomaggiore pela sua marina e, já dali, tivemos uma das vistas mais famosas de Cinque Terre. Vale, inclusive, seguir até as pedras próximas à marina, mesmo que você não vá pegar o barco, nem que seja para fotografar a terre a partir de lá.
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A linda Riomaggiore |
Seguimos, então, para o agitado centro de Riomaggiore. Por ser a primeira
terre de quem chega vindo de La Spezia, acaba sendo uma das mais visitadas.
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Centro de Riomaggiore |
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O colorido típico de Cinque Terre está presente em todas as terres |
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Queria esta varanda pra mim! |
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Não se espantem com roupas, lençóis e toalhas pendurados nas janelas. É algo super tradicional entre os italianos e faz parte do charme do lugar. |
Passeamos um pouco pelo centro e, então, começamos a subir os caminhos entre as casas da vila rumo a um dos mais bonitos mirantes de Cinque Terre, conhecido como La Croce. A vista é espetacular. Fica bem próximo ao Castello di Riomaggiore e ao estacionamento público para quem se aventura a ir dirigindo até lá.
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Começando a subida entre as casas de Riomaggiore em busca do mirante |
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Há escadarias em ruelas super estreitas entre os prédios da vila |
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Que te levam até a parte mais alta da terre |
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Chegando ao alto, encontramos uma placa indicando o caminho até La Croce |
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Encontrando La Croce |
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E o pequeno Castello di Riomaggiore ao lado |
Obviamente que decidimos ficar um bom tempo descansando no mirante, agradecidos pela chance de ter passado um dia tão espetacular em Cinque Terre e podendo finalizá-lo com aquela linda vista do mar da Ligúria, enquanto o sol começava a descer rumo ao horizonte.
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Banquinho estrategicamente colocado de frente ao mar |
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O legal é que o mirante tinha pouquíssimos visitantes. Acho que nem todos estão dispostos a subir a escadaria até lá. |
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E o sol ia começando a sua descida |
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Tem como não se sentir agradecido? |
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Na encosta do rochedo, é possível ver parte da Via dell´Amore na encosta do rochedo |
Vale lembrar que a Via della´Amore pode ser feita a partir de Riomaggiore seguindo até Manarola. Na última foto acima, inclusive, é possível ver parte da trilha na encosta do rochedo.
Descemos do mirante até a estação ferroviária para, então, retornar a La Spezia. Havíamos passado um dia espetacular visitando as cinco terres, com direito a banho de bar (gélido), gelato italiano, passeio de barco e muita vista deslumbrante.
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Até logo, Cinque Terre |
Só acho que a quantidade de turistas no balneário está atingindo níveis insuportáveis e que podem começar a trazer prejuízos, inclusive, ambientais. Acreditamos que Cinque Terre precisa começar a limitar seu número de visitantes diários. Até ouvimos que isto irá realmente acontecer, mas não sabemos se já foi ou não confirmado. Se souberem de algo, conta aí pra gente nos comentários.
Aquele paraíso precisa ser preservado!
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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