Só tivemos um dia para explorar a Cidade de Luxemburgo e confesso que achei suficiente. Todos os pontos turísticos são próximos, é possível fazer tudo a pé e não é necessário tanto tempo para explorar bem a cidade. No nosso caso, só não deu tempo de conferir a parte moderna da capital luxemburguesa, mas confesso que não sentimos falta. A beleza da cidade se concentra mesmo na sua parte histórica.
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Centro histórico da Cidade de Luxemburgo e suas partes alta e baixa |
Mas como só tínhamos um dia, foi fundamental ficar em um hotel bem localizado, próximo ao centro histórico. O Parc Plaza, escolhido por nós, localiza-se na margem da parte alta da cidade (Ville Haute), sobre o Vale de Petrusse, uma extensa área arborizada que funciona como parque na parte baixa.
A ponte atravessa o Vale de Petrusse, interligando os dois lados da parte alta. Foi construída na primeira década do século XX e possui passagem para pedestres e ciclistas. Do outro lado, tem-se acesso ao terminal ferroviário da cidade.
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A Ponte Adolphe atravessando o Vale de Petrusse |
Atravessamos a ponte por curiosidade, mas tudo estava extremamente deserto do outro lado, provavelmente, por ser um domingo. Então, retornamos pela ponte com o objetivo de focar no centro histórico.
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Tudo deserto do outro lado da ponte |
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A vista do outro lado da ponte |
Da Place de la Constituition, já avistamos, do outro lado da rua, uma das construções mais visitadas da cidade: a Notre Dame. Pois é! A capital de um país com tanta influência da vizinha França não poderia deixar de ter sua própria Notre Dame. Do ponto de vista arquitetural, ela lembra bastante suas
irmãs de outras cidades.
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Notre Dame de Luxemburgo |
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A entrada da catedral |
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O interior da Notre Dame (não é preciso pagar para entrar) |
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Fachada da Biblioteca Nacional de Luxemburgo, localizada ao lado da Notre Dame |
Da Notre Dame, resolvemos entrar pelo centro histórico para explorar suas ruas. Não muito diferente de outras cidades europeias, os prédios históricos bem cuidados e conservados vão margeando as ruas do centro e albergando cafés e restaurantes, enquanto são interrompidos por praças que concentram a maior parte dos visitantes.
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Pelas ruas do centro histórico |
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Os belos prédios da Cidade de Luxemburgo |
Entre estas praças, destacam-se: a Place Guillaume II, onde está a prefeitura da cidade e o centro de informações turísticas; e a Place d´Armes, bastante arborizada e com muitas mesas dos restaurantes em torno sob as árvores. Naquele pouco movimentado domingo, esta última praça foi o local do centro mais lotado que encontramos.
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A Place Guillaume II |
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A prefeitura da cidade |
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A Place d´Armes |
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O local mais lotado da cidade naquele domingo |
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Os prédios em torno da praça |
Se você for adepto das compras e fascinado por grandes marcas internacionais, seu lugar é a Grand-Rue, com um calçadão só para pedestres. Infelizmente, as lojas estão todas fechadas aos domingos.
Vale ressaltar, no entanto, que embora seja um belo prédio, talvez você se decepcione um pouco caso tenha, em sua mente, a imagem de grandes e imponentes palácios. Confesso que o prédio poderia até passar despercebido entre aqueles que estivessem caminhando pela cidade sem conhecer a sua localização.
Bem de frente para o palácio, encontra-se uma das casas de chocolate mais famosas do país, a Chocolate House. De tão famoso, o local estava lotadíssimo, com fila para fazer o pedido, caso você não quisesse sentar em uma das suas mesas. Escolhemos passar um tempo no primeiro andar do local e experimentamos um pouco das suas iguarias. Era bem gostoso, embora não tenhamos achado excepcional.
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A concorrida Chocolate House |
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Apreciando o palácio das janelas do primeiro andar da Chocolate House |
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Mapa do centro histórico da Cidade de Luxemburgo mostrando as atrações turísticas citadas anteriormente |
Após passear pelo centro, resolvemos seguir em direção ao Chemin de la Corniche (no mapa acima, vê-se que fica bem perto das demais atrações).
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A caminho do Chemin de la Corniche, passamos pela Place Clairefontaine, que abriga a estátua da Grã-duquesa Charlotte, uma das Chefes de Estado mais admiradas pelo povo luxemburguês e que governou o país durante boa parte do século XX. |
O Chemin de la Corniche é uma rua de pedras da Ville Haute que funciona como um mirante para a vista mais bonita da Cidade de Luxemburgo, o que a rendeu o título de "varanda mais bonita do mundo".
Não sei se é mesmo a mais bonita, mas a vista ao longo do Chemin de la Corniche é, realmente, o ponto alto de um passeio pela capital luxemburguesa. Em nenhum outro ponto, paramos para tirar tantas fotos. Lá embaixo, margeando o rio Alzete, vemos belas construções entremeadas por muito verde, com destaque para o charmoso bairro conhecido como Grund.
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Chegando à Chemin de la Corniche com esta vista. Lá embaixo, o Rio Alzete. Mais ao fundo, ruínas sobre um paredão rochoso, local histórico conhecido como Casamatas de Bock. Na margem do rio, a Abadia de Neumunster. |
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As belas casas do bairro de Grund na parte baixa da cidade |
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Pausa para muitas fotos |
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Entre prédios, monumentos e resquícios históricos, muito verde |
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O bairro de Grund, cortado pelo Rio Alzete |
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Chemin de la Corniche |
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No canto da foto, vemos uma parte da Chemin de la Corniche, considerada a "varanda mais bonita do mundo" |
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Foco na Cidade Baixa e da Abadia de Neumunster |
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Na parte de baixo, também é possível fazer uma deliciosa caminhada (com0 mostrarei mais abaixo) |
Percebemos também, com clareza, os dois níveis que dividem a cidade em partes alta e baixa. E ainda tivemos a visão do mais importante resquício histórico da Cidade de Luxemburgo, as Casamates du Bock, para a qual seguimos a partir do Chemin de la Corniche.
As casamatas de Luxemburgo são túneis subterrâneos com função militar, construídos nos imensos rochedos que fazem parte da cidade. Pelos túneis, os soldados acessavam buracos e janelas na pedra, protegendo o antigo castelo que costumava se localizar no topo do chamado Promontório de Bock. Hoje, já não vemos mais o castelo, mas seu eficiente sistema de proteção permanece com muitos de seus túneis abertos à visitação.
A defesa natural, aliás, promovida pelo promontório rochoso e suas casamatas é um dos responsáveis pelo pequeno território de Luxemburgo ter se mantido autônomo e resistido até os dias de hoje. Não à toa, a fortaleza recebeu, no passado, a denominação de uma das mais eficientes do mundo.
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Casamates du Bock. No rochedo, vemos um grande bucaro que corresponde a uma das muitas janelas de observação dos túneis subterrâneos. |
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Das torres históricas localizadas acima das casamatas (único resquício do antigo castelo), continuamos apreciando a bela vista da Cidade de Luxemburgo |
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Marco zero da Cidade de Luxemburgo, onde se localizava o castelo |
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Lá embaixo, vemos uma bela ponte para pedestres atravessando o Rio Alzete, a partir do limite da Abadia de Neumunster |
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A ponte em arcos vista a partir do alto do promontório chama-se Pont du Chateau e servia de ligação entre o Bock, onde ficava o castelo, e a cidade velha. |
Para acessar o sistema de túneis abertos aos turistas na Casamates du Bock, o turista precisa seguir pela Chemin de la Corniche até a rua Monteé de Clausen. Ali você continuará tendo uma bela vista da cidade lá embaixo e encontrará a sinalização até a bilheteria das casamatas.
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Encontrando a sinalização |
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Descendo até a bilheteria, na lateral da rua |
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Seguindo as setas, não tem erro |
O ingresso para visitar as casamatas custa, atualmente, 7 euros. O local fica aberto para visitação: das 10 às 17h30 de 01 a 31/03 e de 01/10 a 02/11; e das 10 às 20h30 de 01/04 a 30/09. Nos demais dias do ano, não é possível realizar a visita. Para informações adicionais e atualizadas, você pode acessar o
site oficial da atração.
Já dentro das casamatas, você terá acesso a uma grande rede de túneis, sinalizados por letras. O mais legal, é acessar as janelas esculpidas na rocha com vista para a cidade. Em muitas destas janelas, antigos canhões lembram o turista do objetivo principal da fortaleza natural.
Cuidado com o sistema de túneis que você escolhe seguir: alguns não tem saída e levam para lugar nenhum nas profundezas do rochedo, não valendo à pena o esforço. É o caso da trilha indicada pela letra G. E, se você for claustrofóbico, talvez esta não seja uma visita ideal para você.
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Entrando nas casamatas |
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O melhor dos túneis, é acessar suas muitas janelas |
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E apreciar a cidade a partir delas |
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São muitos pontos de vista |
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E belos enquadramentos |
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Os canhões estão lá, nos lembrando que o local tratava-se de uma fortaleza |
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Mas, felizmente, a sua única função atual é a de contemplação |
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Infelizmente, para os claustrofóbicos, a visita pode não ser uma boa ideia. |
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Avistando o Rio Alzete das casamatas |
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E a Abadia de Neumunster, para variar |
Há um outro sistema de casamatas presente na cidade: as Casamates du Petrusse, localizadas no vale de mesmo nome. No entanto, já tendo conhecido as do Bock, não vimos necessidade de visitá-las. Não deve ter muita diferença.
O Grund é famoso pela sua gastronomia e pela sua vida noturna. Um dos restaurantes mais famosos do local é o Mosconi. Infelizmente, naquele domingo, ele estava fechado. Mas, bem próximo, há outras opções e, como já estávamos com fome, resolvemos jantar no Basserie Bosso, o qual também recomendamos.
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O Grund é cortado pelo Rio Alzete |
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Uma rua qualquer do Grund |
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Grund |
Do Grund, resolvemos pegar o elevador localizado no bairro e que sobe até a parte alta, nos deixando no Plateau St Esprit. Mostramos a localização exata deste útil elevador no post em demos
dicas sobre a Cidade de Luxemburgo.
A irmã de Técio e sua prima, que nos acompanhavam na viagem, queriam retornar ao hotel para descansar e fomos com elas seguindo pelo Boulevard Franklin Roosevelt, até chegar novamente à Ponte Adolphe, onde havíamos iniciado nosso passeio naquele dia.
Ali nos separamos. As meninas retornaram ao hotel e nós, ainda dispostos e animados para conhecer mais da Cidade de Luxemburgo, descemos as escadas localizadas próximas à Ponte Adolphe até o Vale de Petrusse lá embaixo.
O local estava bem vazio. Poucas pessoas tiveram a mesma ideia que nós, deixando o ambiente bem tranquilo naquele início de noite. Fomos caminhando enquanto apreciávamos o enorme rochedo que abriga as casamatas até uma pequena e bela ponte em arco sobre o rio.
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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