Embora o foco principal de Cartagena das Índias seja o seu centro histórico localizado dentro da muralha, há também muito o que se fazer fora da Cidade Amuralhada, a começar pelas muitas ilhas que compõem o Arquipélago do Rosário, onde o turista poderá ter contato com as praias e o mar caribenho.
Para fazer estes passeios é preciso agendar tours de barcos e escolher qual ilha (ou ilhas se você estiver com dinheiro sobrando) visitar. Mas vou detalhar melhor em outro post.
Há também as praias urbanas de Cartagena, mas não espere encontrar, nestas, o típico mar do Caribe. A água é escura e, sinceramente, só acho que valha à pena se você gostar muto de praia e não quiser gastar mais um dia de passeio até as Ilhas do Rosário. As mais badaladas são as praias de Bocagrande e El Laguito, localizadas, respectivamente, a 4km e 5,5Km da Cidade Amuralhada. Já La Boquilla, por se localizar um pouco mais distante, cerca de 8Km, costuma estar menos cheia.
Se for à praia de Bocagrande, pode também aproveitar para passear no bairro de mesmo nome (caso você já não esteja hospedado nele). É uma forma de conhecer a parte moderna de Cartagena e fazer algumas compras em lojas mais famosas. Como nada disso era nosso foco, dispensamos Bocagrande do nosso roteiro.
Além da muralha, avistamos os modernos prédios de Bocagrande. Entre o histórico e o moderno, sempre vamos preferir o histórico. |
Para nós, valeu mais à pena focar em duas outras atrações do lado de fora da muralha: o bairro de Getsemaní e o Castelo de San Felipe de Barajas. O primeiro faz parte ainda do centro histórico da cidade e dá perfeitamente para ir caminhando, saindo da muralha pelo acesso da Torre do Relógio. Já o castelo fica um pouco mais distante (a cerca de 2Km) e não recomendamos ir a pé (acredite: o sol de Cartagena faz você logo se arrepender de uma longa caminhada).
Visitando o Castelo de San Felipe de Barajas
Embora leve o nome de castelo, trata-se, na verdade, de um forte militar, destes que temos vários pelo Brasil, cheio de canhões, salas escuras que serviam de prisão, baluartes e muradas. A diferença é que ele é bem maior do que os fortes que estamos acostumados a ver por aqui.
E não é para menos: ele foi o maior forte militar construído pelos espanhóis nas Américas e teve um papel importante na defesa de suas colônias. Mas, atualmente, a única função do Castelo de San Felipe Barajas é mesmo turística.
Castelo de San Felipe de Barajas, o maior forte das Américas |
E qual a melhor hora para fazer a visita? Sem dúvida, no final da tarde. E por dois motivos: primeiro, você se livrará das excursões turísticas que invadem o forte mais cedo. Segundo, você fará o passeio com o sol mais baixo. E acredite: esta é uma enorme vantagem, já que a maior parte da visita é a céu aberto e sem sombra.
Nós seguimos esta dica e nos demos bem. O forte estava com poucos turistas e foi bem agradável passear sem o sol nos maltratando. Fomos ao castelo no nosso primeiro dia, após nosso maravilhoso passeio pela Cidade Amuralhada.
Achamos que o ideal para ir ao castelo é pegar um táxi ou Uber. Para isso, saímos da muralha pelo acesso da Torre do Relógio e, ali mesmo, chamamos nosso Uber. O único inconveniente é o trânsito. Demoramos muito no carro para fazer um simples percurso de 2Km.
Há também a opção de seguir para lá em ônibus turístico. A chiva é um ônibus clássico da cidade que parte da Torre do Relógio levando os turistas para muitos pontos da cidade, incluindo o Castelo de San Felipe de Barajas. É, no entanto, bem mais caro do que uma corrida de táxi ou de Uber.
Chegando ao forte, não havia fila alguma na bilheteria. Compramos nosso ingresso e subimos a rampa que vai até o topo do forte. E, então, fizemos nosso percurso pelo castelo da forma como achamos melhor.
A bilheteria do Castelo de San Felipe de Barajas, sem nenhuma fila |
Subindo a rampa até o alto do forte para iniciar a visita |
Muralhas do forte |
Como é possível perceber, quase não há sombra no local |
Explorando os túneis do forte |
Também não faltam baluartes |
Nem canhões |
Um dos pontos altos da visita, aliás, é a vista que se tem de Cartagena do castelo. Prepare a câmera!
Uma das vistas de Cartagena do alto do forte |
No forte, há banheiros e uma lojinha de souvenir, onde também é vendido bebidas geladas. Você pode ficar por lá o tempo que julgar necessário.
Horário de funcionamento: diariamente das 8 às 19h. Nos últimos domingos de cada mês (exceto em dezembro e janeiro), a entrada é gratuita para os colombianos, e o período de funcionamento é modificado para 8 às 17h.
O ingresso custa, atualmente, 25 mil pesos colombianos. Pode ser comprado online, mas chegando ao final da tarde, a fila costuma ser pequena e não vimos necessidade de compra antecipada.
Após a visita ao castelo, há ainda uma outra modesta atração ali perto: o monumento conhecido como Los Zapatos Viejos. Feito de bronze, foi construído em homenagem a Don Luis Carlos Lopez, poeta de Cartagena. Os turistas adoram tirar fotos dentro de uma das botas, com o Castelo de San Felipe de Barajas ao fundo, e uma fila pode se formar.
Não conseguimos uma foto dos sapatos sem turistas em cima. Nem tivemos paciência para esperar a fila. |
Los Zapatos Viejos ficam em um pequeno parque logo atrás do forte. Para chegar lá, estando de costas para a bilheteria do forte, basta seguir pela sua direita, contornando o castelo. Veja o mapa abaixo.
Seguindo o curto trajeto até Los Zapatos Viejos |
Além de ser uma área agradável |
Possibilita um bom ponto de vista para fotos do castelo |
Visitando o bairro de Getsemaní
Deixamos para visitar mais este bairro histórico do centro de Cartagena na nossa última manhã na cidade. Dizem, na verdade, que o bairro ganha vida nas noites de Cartagena sendo este um dos melhores horários para visitá-lo. De qualquer modo, como fugimos de agito, não achamos ruim a calmaria do horário escolhido por nós. Mas se você curte um agito noturno, acredito que seja válido reservar uma noite para o Getsemaní.
Para chegar ao bairro, fomos caminhando mesmo, já que fica muito perto da Cidade Amuralhada. Para isso, mais uma vez, saímos pela Torre do Relógio.
Entre Getsemaní e a Torre do Relógio, há um outro bairro do centro chamado La Matuna. Ali ficam o Parque Centenário e o Muelle de Los Pegasos. Você, inevitavelmente, passará por estas duas estátuas de pegasus a caminho de Getsemaní. Ali perto fica também o Centro de Convenções de Cartagena.
Os pagasus. Veja a Torre do Relógio ao fundo |
Muelle de Los Pegasus. Atrás, está o Parque do Centenário |
Nesta parte externa do centro, saindo pela Torre do Relógio, vemos também o Centro de Convenções de Cartagena |
Para chegar ao Getsemaní, fomos pelo Muelle de Los Pegasos |
Chegando a Getsemaní, a dica é se perder por suas agradáveis ruas. É, realmente, um charme de lugar e tem um ar boêmio que deve mesmo fazer sucesso à noite. Acho que exageramos na quantidade de fotos, como é possível ver abaixo, mas há como nos culpar?
Chegando ao Getsemaní |
E já se encantando |
Esta é a Calle 24, rua do bairro que fica de frente para o mar |
No final da Calle 24, encontramos este resquício de muralha antiga. No alto, funciona um bar e dá para se avista o Castelo de San Felipe de Barajas |
O Castelo de San Felipe de Barajas. A luz, àquela hora da manhã, não favoreceu a foto |
Deste ponto, parque também a ponte que vai até Bocagrande |
OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.
2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio
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