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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O que conhecer no caminho entre Ouarzazate e Merzouga

Embora seja um trajeto tranquilo de se fazer dirigindo, o caminho entre Ouarzazate e Merzouga é cansativo já que são cerca de cinco horas de viagem. Para tentar tornar a viagem mais agradável, uma boa estratégia é parar em algumas atrações que podem ser encontradas no caminho.

No nosso caso, fizemos duas paradas no caminho entre Ouarzazate e Merzouga e uma parada no sentido inverso. Uma possibilidade também é dividir o trajeto em duas partes, pernoitando em algumas das cidades do caminho, como Tinghir, uma das que nos pareceu com melhor estrutura. 

Nossa paradas foram em: Skoura, Vale de Dades, Tinghir (onde conhecemos o Gordes de Todra).

O oásis de Tinghir, parada estratégica entre Merzouga e Ouarzazate


Conhecendo o Kasbah de Amridil, em Skoura


A apenas 45 Km de Ouarzazate, a cidade de Skoura conta com uma típica e conservada construção marroquina aberta à visitação: o Kasbah de Amridil, localizado às margens do oásis de Skoura. 

Kasbah de Amridil, em Skoura


A entrada é paga (custou 50 dirham na época) e guiada. Como estava bem vazio, tivemos o guia exclusivo para nós. A visita é muito interessante, pois além da construção ser bem bonita, com ótimas vistas para o oásis ao redor, o turista aprende sobre o modo de vida no passado do Marrocos, conhece instrumentos e utensílios antigos e aprende como os marroquinos cozinhavam suas comidas típicas. 

Já no interior do kasbah

Diversos utensílios utilizados pelas famílias marroquinas no passado

O kasbah é muito bem cuidado e preservado

No andar superior do kasbah

Vista para o oásis de Skoura, que contorna o kasbah

Utensílio antigo para se cozinhar o tradicional cuscuz marroquino


O kasbah costumava ser residência de famílias ricas. O dono do kasbah tinha, em geral, mais de uma esposa. Aprendíamos isto enquanto visitávamos os quartos das diferentes esposas, assim como a cozinha de cada uma delas. 

fachada externa do kasbah

Tentando encontrar o Gordes de Dades 


Algo comum neste trajeto, além dos oásis e dos kasbahs, são as gargantas em meio ao terreno rochoso da região. Uma destas gargantas é conhecida como Dades Gorge ou Gordes de Dades, localizada no chamado Vale de Dades, a cerca de 130 Km de Ouarzazate.

Para acessá-la, é preciso fazer um desvio da estrada principal. Colocamos o nome do local no aplicativo de navegação e seguimos as orientações. Ainda confirmamos com alguns locais se estávamos no caminho certo. Mas não conseguimos encontrar o local exato que havíamos visto nas fotos da internet (um grande desfiladeiro, margeado por uma sinuosa estrada).

Na verdade, mesmo os marroquinos da região tendo confirmado o caminho, o aplicativo indicou o ponto de chegada em um local diferente. Como estávamos com receio de seguir ainda mais em frente e perder muito tempo no desvio, resolvemos retornar para a estrada principal.

De qualquer modo, já gostamos muito do que vimos neste desvio. A começar por um belo oásis ao longo do Vale de Dades. Paramos num hotel-restaurante no caminho e pedimos um refrigerante gelado para apreciar a região. Os donos do local, extremamente simpáticos, nos contaram sobre os produtos plantados por ali (especialmente as tâmaras) e a importância dos oásis nesta região do Marrocos.

Oásis no Vale de Dades

O melhor do restaurante em que paramos foi a vista (até porque não estavam servindo comida naquele dia)

O desvio já estava valendo à pena


Também paramos em alguns mirantes que encontramos para apreciar as bonitas formações rochosas do local.

Achamos bem interessantes as formações rochosas que encontramos neste caminho

Mesmo não tendo chegado ao desfiladeiro clássico que havia visto em fotos pela internet...

O desvio valeu à pena


Uma parada em Tinghir para conhecer seu oásis e o Gordes de Todra


Tinghir foi a parada escolhida durante nosso retorno de Merzouga para Ouarzazate. A cidade fica a 170 Km da última e a 200Km da primeira. É um local, inclusive, onde você pode aproveitar para reabastecer o carro, encontrar um restaurante para comer ou até mesmo se hospedar.

Também é preciso fazer um desvio da rota para chegar ao Gordes de Todra. E não confie no aplicativo de navegação (Waze). Ele nos levou para um local completamente errado. O melhor é seguir as placas. Elas estão distribuídas pela cidade, indicando o caminho para a famosa garganta da cidade. E nos levou sem erro até o local.

Chegando a Tinghir

Antes de chegar à Garganta de Todra, no entanto, vale à pena fazer uma parada no mirante para o Oásis de Tinghir. Dificilmente, o local passará despercebido. O mirante estará à sua direita na estrada e, certamente, você verá outros turistas parados no local fotografando o oásis.

Mais um oásis, agora em Tinghir. As típicas construções marroquinas entre o verde do oásis e o marrom das montanhas fez deste nosso oásis preferido. 

Chegando à Todra, logo percebemos que aquela era a atração mais visitada entre as que citei neste post. Há estacionamento na rua e não tivemos dificuldade para encontrar vaga. Havia alguns restaurantes turísticos no local. 

Descendo do carro, basta seguir o plano calçadão construído entre as montanhas rochosas e que vai seguindo o tranquilo rio que percorre o vale.

Garganta de Todra

Um calçadão para pedestres percorre o vale

O rio do vale é calmo e também recebe o nome de Todra

A caminhada pelo vale é bem tranquila e não requer nenhum esforço extra

A não ser que você seja aventureiro. Pelo que lemos, é comum a prática de escaldas no local


Pena que tivemos pouco tempo por lá

Mas ainda deu para encontrar um rebanho inteiro de bodes


O local, inclusive, nos lembrou um pouco Petra (guardada as devidas proporções, claro). Pena que percebemos um certo descuido com a limpeza da área, incluindo o próprio riacho.

Gostaríamos de ter passado mais tempo em Todra, mas tínhamos hora para chegar a Ouarzazate, já que, naquela mesma tarde, tínhamos um ônibus para pegar até Marrakech (e ainda tínhamos que devolver o carro no aeroporto da cidade).




OBS:
1. Os preços indicados neste post correspondem aqueles em vigência na época da viagem. Recomendo pesquisar novamente os valores das atrações na época da sua viagem.

2. Este post não recebeu nenhum tipo de patrocínio

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